Prefeitura de Florianópolis assina contrato para regularização fundiária da comunidade da Vila Boa Vista, em cumprimento à ação movida pelo MPF — Procuradoria da República em Santa Catarina

0
47

Direitos do Cidadão

19 de Abril de 2024 às 18h20

Prefeitura de Florianópolis assina contrato para regularização fundiária da comunidade da Vila Boa Vista, em cumprimento à ação movida pelo MPF

Após acordo com o MPF, a prefeitura realizará a regularização fundiária das áreas habitacionais da comunidade, situada no bairro do Saco dos Limões

Arte retangular, com fundo verde claro, a expressão "Direitos do Cidadão" escrita em letras brancas e a representação, em forma de bonecos, de 22 pessoas, de diversas idades e raças, mostrando a diversidade da sociedade brasileira.


Arte: Comunicação MPF

O processo, iniciado em 2004 pelo Ministério Público Federal (MPF), tinha por objetivo principal afastar a situação de risco dos moradores da Vila Boa Vista e dar efetividade ao direito constitucional à moradia, direito social criado na virada do século pela Emenda Constitucional 26 do ano 2000. A comunidade ocupava uma área irregular e com riscos de desabamento da encosta Boa Vista. São cerca de 80 famílias em situação de vulnerabilidade social, algumas das quais moram na área há mais de 40 anos.

Segundo a prefeitura, a regularização será conduzida com base em estudos encomendados à empresa Terra Firme Consultoria e Assessoria, especializada nesse tipo de trabalho. O prazo estabelecido para a conclusão desses estudos e início do processo de regularização é até 30 de junho deste ano.

O procurador da República Walmor Alves Moreira, que ajuizou a ação na Justiça Federal em 2004, espera que sejam adotadas medidas efetivas pela prefeitura para solucionar o problema: “À época foi uma ação inédita no MPF. Pela primeira vez em Santa Catarina se moveu uma ação para proteger uma população vulnerável conciliando o recém criado Direito Constitucional à moradia com o Direito ambiental. A Constituição reconheceu que, numa escala de valores, a defesa da vida e do bem estar das populações humanas está acima da defesa da fauna e da flora”, afirmou.

Irregularidades e Riscos – Entre os pontos principais da ação, ajuizada há 20 anos, estava a preocupação com a ocupação ilegal em área de risco com problemas sociais, urbanísticos e ambientais, incluindo risco de desabamento. As medidas liminares propostas na ação incluíam a remoção imediata das famílias em situação de perigo, a proibição de novas construções na área de risco, a realização de obras de contenção para prevenir deslizamentos e a recuperação ambiental das áreas degradadas.

Na ação, o MPF também apontou as consequências sociais da ocupação irregular, como as condições precárias de habitação e infraestrutura, impactando negativamente a comunidade local. Também ressaltou a questão ambiental, enfatizando a responsabilidade do poder público na preservação ambiental e na prevenção de danos futuros.

 

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em SC
Atendimento ao público: (48) 2107-6100 e 2107-2410
Atendimento à imprensa: (48) 2107-2466 e 2107-2480
E-mail: prsc-ascom@mpf.mp.br
www.mpf.mp.br/sc
Twitter: @MPF_SC

Fonte MPF