Unidade do MPF em Porto Alegre (RS) adere ao projeto Banco Vermelho pelo fim da violência contra a mulher — Procuradoria Regional da República da 4ª Região

Unidade do MPF em Porto Alegre (RS) adere ao projeto Banco Vermelho pelo fim da violência contra a mulher

Móvel está localizado na entrada da Procuradoria Regional da República da 4ª Região

Quem entra na Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4), unidade de segunda instância do Ministério Público Federal localizada em Porto Alegre (RS), ou simplesmente passa pela calçada externa do prédio desde a última sexta-feira (25) nota um novo objeto posicionado em frente aos vidros do foyer. O banco vermelho de metal é muito mais do que apenas uma opção de descanso ou espera. Trata-se de um símbolo da luta pelo fim do feminicídio e da violência contra as mulheres.

A iniciativa está alinhada com a proposta do Instituto Banco Vermelho, organização fundada em novembro de 2023 para, por meio de ações, palestras, intervenções urbanas e outros projetos, prevenir, conscientizar, proteger e salvar vidas de mulheres – o banco foi incluído pela Lei Federal nº 14.942/2024 como uma das ações no âmbito do Agosto Lilás, mês destinado à conscientização para o fim da violência contra a mulher. “É com alegria que concretizamos o projeto de aderir ao movimento Banco Vermelho, que busca chamar a atenção da sociedade para a violência contra a mulher e para os casos de feminicídio. Os números sobre estes crimes são impressionantes. O Banco Vermelho em nossa sede significa que nessa Instituição qualquer pessoa pode receber as informações necessárias sobre como agir diante da violência contra a mulher, assim como ser orientada para o encaminhamento devido de uma situação concreta. As recepcionistas, os seguranças e os agentes de polícia do MPF já foram treinados para oferecerem as primeiras orientações e por meio de uma ligação ao número 180 todas as dúvidas podem ser esclarecidas”, afirma a procuradora-chefe da PRR4, Ana Luísa Chiodelli.

O assento colocado na PRR4 (foto abaixo) traz, além do lema da campanha (“Sentar e refletir. Levantar e agir”), uma placa com o número 180, da Central de Atendimento à Mulher, que dá orientações e ajuda quem está em uma relação abusiva – cópias dessa arte (reproduzida ao lado – clique para ampliar) também ficarão na recepção da procuradoria para serem distribuídas.

Segundo dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2025 (clique aqui e veja), foram registrados 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos (com a intenção de matar) ou lesões corporais seguidas de morte no Brasil em 2024. Ainda houve uma média de 196 estupros por dia, um total de 71.892 casos. O agressor é um homem em 76,6% dos registros das diversas violências contra as mulheres, sendo que, em 2023, aproximadamente 71,6% das notificações ocorreram dentro de casa, reforçando que o ambiente doméstico, em vez de um espaço seguro, é um local de alto risco para muitas vítimas.