Procuradores explicam o papel do MPF em formação para defensores da Bacia do Tapajós no Pará e em Mato Grosso — Ministério Público Federal em Mato Grosso

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Comunidades Tradicionais

18 de Fevereiro de 2025 às 15h50

Procuradores explicam o papel do MPF em formação para defensores da Bacia do Tapajós no Pará e em Mato Grosso

Entre os temas abordados está a importância do trabalho do órgão na gestão das águas e na defesa dos povos tradicionais

Procuradores explicam o papel do MPF em formação para defensores da Bacia do Tapajós no Pará e em Mato Grosso

Fotos: Edivan Guajajara e Kamila Sampaio

O Ministério Público Federal (MPF) realizou, em parceria com o Movimento Tapajós Vivo (MTV), uma formação para futuros defensores e defensoras dos rios e águas da Bacia do Rio Tapajós, nos estados do Pará e de Mato Grosso, na última quarta-feira (12), na sede do órgão em Santarém (PA). 

O evento, intitulado “Rumo a uma Gestão Participativa da Água na Bacia do Tapajós”, teve como objetivo proporcionar um espaço de troca de experiências e aprofundamento sobre o trabalho do MPF, além de permitir que os participantes vivenciassem na prática ferramentas de participação social, como audiências públicas e fóruns.

A foto mostra um homem de pele morena e cabelos curtos e escuros sentado em uma cadeira azul em um auditório. Ele veste uma camisa de manga longa vermelha e segura um microfone preto e azul na mão direita, falando enquanto gesticula com a mão esquerda. Atrás dele, várias pessoas, incluindo homens, mulheres e crianças, estão sentadas nas cadeiras azuis, algumas olhando para ele, outras não estão. Ao fundo, há uma parede branca com persianas fechadas cobrindo janelas.Foi a primeira vez que o MPF recebeu esse tipo de público para apresentar sua estrutura e atuação. Os procuradores da República Vítor Vieira Alves e Thaís Medeiros da Costa apresentaram o evento e destacaram a importância do trabalho do MPF na região, especialmente em ações relacionadas à gestão das águas, à defesa dos direitos dos povos e comunidades tradicionais e à proteção de defensores de direitos humanos. Eles também falaram sobre a importância dos protocolos de consulta como instrumentos para garantir o consentimento e a participação dessas comunidades no que diretamente afeta seus territórios e recursos naturais.

O procurador Vítor Vieira Alves destacou a relevância da iniciativa como medida de educação em direitos humanos. “É fundamental promover a interação da sociedade civil com o MPF, como órgão independente, para assegurar a efetividade da justiça socioambiental e o controle da administração pública”, afirmou.

A importância da articulação com a sociedade também foi apontada pela procuradora Thaís Medeiros da Costa. “A atuação constitucional do Ministério Público passa, inevitavelmente, pela educação em direitos e pelo diálogo amplo e constante com a sociedade civil organizada”, disse ela.

A foto mostra uma mulher de cabelos escuros falando ao microfone em um auditório. Ela usa um casaco bege listrado sobre uma blusa preta e gesticula enquanto fala. Outras pessoas, incluindo homens, mulheres e crianças, estão sentadas ao fundo.Participaram do evento os alunos do curso de formação de Defensores e Defensoras da Bacia do Rio Tapajós, composto por representação indígena e de comunidades tradicionais do Juruena, Alto Tapajós, Médio Tapajós e Baixo Tapajós, representando os estados do Pará e de Mato Grosso.

A ação faz parte do projeto “Rumo a uma Gestão Participativa da Água na Bacia do Rio Tapajós”, financiado pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, por meio da rede Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês). A realização é conduzida por um consórcio de parceiros, incluindo a Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa), o Instituto Centro de Vida (ICV), o Movimento Tapajós Vivo (MTV) e o WWF-BR.

Devido à importância do intercâmbio, a formação terá uma segunda turma que inicia em maio de 2025.

Fonte MPF