Criminal
22 de Abril de 2025 às 11h25
PGR pede recebimento da denúncia de seis acusados por tentativa de golpe de Estado do núcleo gerencial
Denunciados pelo MPF teriam atuado em ações para a permanência ilegítima do então presidente no poder, após as eleições de 2022
Foto: Gustavo Moreno/STF
O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, reforçou, nesta terça-feira (22), o pedido de recebimento integral da denúncia contra seis pessoas por participação na tentativa de golpe de Estado, iniciada em 2021 e que resultou nos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. De acordo com a denúncia da PGR, ocupando posições profissionais relevantes, eles teriam atuado no gerenciamento de ações para a permanência ilegítima do então presidente Jair Bolsonaro no poder, após o resultado das eleições de 2022.
Em manifestação realizada em sessão extraordinária da Primeira Turma do STF, que aprecia o recebimento ou não da denúncia, o PGR apresentou breve síntese das condutas imputadas a cada um dos acusados, que integram o chamado “Núcleo 2” da trama, composto por ex-assessores da presidência da República, policiais e militares.
Segundo Paulo Gonet, os denunciados ocupavam posições profissionais relevantes ao tempo do desenvolvimento do processo de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de deposição do governo legitimamente constituído.
Foram destacados os papéis de Silvinei Vasques, Marília Ferreira de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira, que teriam coordenado o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Jair Bolsonaro no poder. O acusado Mario Fernandes foi apontado como responsável por coordenar ações de monitoramento e neutralização violenta de autoridades públicas, além de interlocução com lideranças populares durante os atos de violência de 8 de janeiro de 2023. Já Filipe Garcia Martins Pereira teria apresentado e defendido o projeto de decreto que daria forma às medidas excepcionais do golpe arquitetado.
Durante a sustentação, o PGR novamente se contrapôs aos argumentos apresentados pelas defesas em preliminares já apreciadas e rejeitadas pelo STF. Entre elas estão os pedidos de suspeição dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, alegações de incompetência do STF e da Primeira Turma para julgamento do feito, bem como nulidades processuais por supostas ilegalidades na condução do Inquérito 4.878/DF.
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Fonte MPF