PFDC inaugura exposição sobre a vida de pessoas defensoras dos direitos humanos nas Américas — PFDC

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Direitos do Cidadão

29 de Agosto de 2024 às 10h7

PFDC inaugura exposição sobre a vida de pessoas defensoras dos direitos humanos nas Américas

As obras estarão expostas na sede da PGR, em Brasília, até o dia 11 de setembro

Foto em que se vê cerca de 20 pessoas em pé, entre homens e mulheres, em hall com exposição de fotografias. Em frente a um banner com a palavra Territórios, o procurador federal dos Direitos do Cidadão segura um microfone.


Fotos: MPF

“A América Latina é o lugar mais perigoso do mundo para as pessoas que dedicam suas vidas à defesa do território, de comunidades frágeis, da cultura de povos. Essa realidade está exposta nessas obras de arte.” Com essas palavras o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Nicolao Dino, inaugurou a exposição “Territórios”. Realizada em parceria com o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil) e lançada nesta quarta-feira (28), na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília (DF), a mostra fotográfica é composta por telas que retratam a vida e a luta de dez pessoas defensoras dos direitos humanos na região.

Até o dia 11 de setembro o público externo e interno poderá conferir, na passarela do 3º andar da PGR, as obras dos fotógrafos Fernando Bryce, do Peru, e Marcelo Brodsky, da Argentina. Os protagonistas das telas são ativistas que foram assassinados na América Latina, entre eles, Marielle Franco e Chico Mendes do Brasil, Berta Cáceres de Honduras, Hugo Torres na Nicarágua e Myrna Mack da Guatemala.

No lançamento da exposição, Nicolao Dino citou estatísticas da organização Justiça Global referentes aos casos violência contra pessoas defensoras de direitos humanos. Os dados mostram que, nos últimos quatro anos, foram registrados no Brasil 1.171 situações, sendo 169 assassinatos e 579 ameaças. “Esses dados estão expostos nessas telas. As fotografias representam como os direitos humanos na América Latina são dizimados: a intolerância, o desapego aos valores democráticos, o racismo socioambiental e as desigualdades socioeconômicas representam um quadro de sistemática violação dos direitos humanos”, frisou o PFDC.

A oficial de programa do Cejil Luana Batista, explicou que a exposição faz parte de uma linha de trabalho recente do Cejil em artes e direitos humanos. “Essa iniciativa nos coloca numa posição muito nova, de trabalhar com uma narrativa diferente para trazer à tona um debate tão importante como o risco recorrente e das vidas ceifadas de pessoas defensoras de direitos humanos”, destacou Luana.

Audiência pública – A inauguração da exposição ocorreu após a audiência pública “Criação do marco nacional sobre direitos humanos e empresas”, promovida pelo Grupo de Trabalho da PFDC Direitos Humanos e Empresas. O evento debateu formas de responsabilizar empresas por violações de direitos humanos, e o Projeto de Lei nº  572/2022. A proposta legislativa cria um marco nacional sobre a questão e estabelece diretrizes para a promoção de políticas públicas no tema.

Galeria de fotos do evento

Fonte MPF