Criminal
9 de Dezembro de 2025 às 12h50
Natalense denunciado pelo MPF por matar companheiro francês em Lisboa vai a júri popular nesta quarta-feira (10)
Após o crime, ocorrido em 2019, réu fugiu para o Brasil e tentou se passar pelo morto nas redes sociais, para despistar polícia e parentes

Foto: JFRN
Um natalense irá a júri popular nesta quarta-feira (10) para ser julgado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado. Ele matou seu então companheiro, um francês de 56 anos, em Lisboa, Portugal, em 2019. O réu foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e o julgamento será realizado na capital potiguar.
A denúncia do MPF apontou que o réu, com 22 anos na época, matou o companheiro por asfixia e ocultou o cadáver na casa onde os dois moravam. O corpo da vítima foi encontrado na despensa da residência, após o proprietário do imóvel acionar o Corpo de Bombeiros, pois não conseguia contato com o francês para cobrar o aluguel.
Além do homicídio, o natalense é acusado de furto qualificado, pois se apossou e vendeu diversos bens de valor pertencentes à vítima, incluindo um relógio Rolex, negociado pelo equivalente a aproximadamente R$ 18 mil na época. Ele também repassou itens de estoque de uma loja do francês que havia sido fechada pouco antes do crime, como malas, cintos e sapatos, por mais de R$ 9 mil.
Redes – As investigações indicam que, após fugir para Natal, o homem de 22 anos continuou tentando despistar as autoridades e pessoas próximas da vítima, atualizando as redes sociais do companheiro com publicações, mensagens e telefonemas.
O caso chegou à justiça brasileira após o Ministério Público português solicitar cooperação jurídica internacional às autoridades brasileiras. O réu foi localizado em Natal. O MPF passou então a acompanhar e investigar o caso e denunciou o potiguar em agosto de 2024.
O júri popular é a forma de julgamento dos crimes dolosos – quando há intenção – contra a vida, no Brasil, e inicia com o sorteio e escolha do Conselho de Sentença, formado por sete jurados, cidadãos comuns que decidirão sobre a culpa ou inocência do réu. Os crimes imputados ao natalense podem resultar, se somados, em até 41 anos de prisão.
Ação Penal nº 0805816-31.2024.4.05.8400
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Fonte MPF

