Museu da Justiça lança exposição e livro virtual — Procuradoria da República no Rio de Janeiro

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Geral

9 de Junho de 2025 às 18h51

“O Vale da Escravidão”: Museu da Justiça lança exposição e livro virtual

Projetos resgatam histórias e pessoas inviabilizadas pela escravidão

Imagem mostra momento que a fita da exposição foi cortada


Foto: TJRJ

O Tribunal Pleno do Edifício Caetano Pinto de Miranda Montenegro, que abriga o Museu da Justiça, lotou para o lançamento do livro virtual “O Vale da Escravidão” e, logo em seguida, para a inauguração da exposição que carrega o mesmo nome. A cerimônia, realizada no dia 29 de maio, celebrou e apresentou ao público presente as obras que nasceram da parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) e o Ministério Público Federal (MPF), intitulada de “Arquivos Judiciais da Escravidão do Vale do Paraíba Fluminense”.

Com o objetivo de democratizar o acesso aos acervos da justiça para pesquisadores e toda a sociedade, o livro resgata histórias e personagens invisibilizados pela escravidão através de documentos preservados e tratados por equipes do Museu da Justiça, do Arquivo Central do TJRJ e de historiadores.

Para acessar o livro em formato virtual, basta clicar neste link: O Vale da Escravidão: Histórias de Escravizados nos Arquivos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

A solenidade contou com a presença de representantes das duas instituições, das equipes responsáveis pela elaboração do livro virtual e da exposição, além dos articuladores que contribuíram para a publicação. Na abertura, a diretora do Museu da Justiça, Siléa Macieira, deu as boas-vindas e fez questão de agradecer o empenho de todas as equipes que contribuíram para a realização do projeto, além de frisar a importância da parceria entre o TJRJ e o MPF. “A qualidade dessa articulação consolida a nossa missão de resgatar, preservar e disseminar a memória histórica jurisdicional, enquanto reafirma para nós a certeza de que boas parcerias são indubitavelmente o caminho para o sucesso”.

Iniciando a mesa de honra, a subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Fonseca Frischeisen reforçou o papel fundamental dos arquivos judiciais e dos profissionais que atuam na área: “A recuperação desse material honra a memória de homens e mulheres escravizados no Vale do Paraíba, que reúne cidades históricas do nosso estado. E o arquivo de um Tribunal de Justiça é uma fonte tremenda para os historiadores.”

Também compôs a mesa de honra o procurador da República Sergio Gardenghi Suiama que parabenizou a colaboração entre as instituições e ressaltou a necessidade de iluminar histórias que foram apagadas pela escravidão: “São histórias de pessoas anônimas lutando pela sua liberdade. E essa liberdade foi o resultado de séculos de luta, inclusive jurídica, que nos leva a uma reflexão sobre o papel da justiça diante das injustiças do passado, da escravidão e da exploração, mas também das injustiças do presente.”

Representando o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Couto de Castro, a juíza auxiliar da Presidência Paula Feteira Soares, citou o orgulho do TJRJ em colaborar com o MPF. “Por intermédio de projetos dessa natureza, a gente faz o reconhecimento, denomina pessoas que foram apagadas da nossa história. Para a construção de um país, precisamos expor isso, nomear e reconhecer”, destacou.

Exposição – Após o encerramento da cerimônia, o chefe do Serviço de Acervo Textual, Audiovisual e de Pesquisas Históricas do Museu da Justiça, Gilmar de Almeida Sá, convidou os componentes da mesa de honra para inaugurar a exposição. Antes de descerrar a fita em uma das salas do Museu que recebe a mostra, ele fez uma breve explicação sobre o conteúdo: “Esta mostra foi confeccionada a partir de processos judiciais da região do Vale do Paraíba e aborda a ascensão da cultura cafeeira naquela região, sustentada por pessoas escravizadas. Os mapas e plantas cartográficas nos ajudam a compreender a dimensão e complexidade das fazendas de café, enquanto os processos judiciais contam sobre as relações sociais e as atitudes de resistência das pessoas que foram submetidas ao sistema de opressão.”

Serviço
Visitação de segunda a sexta, das 11h às 17h
Museu da Justiça do Rio de Janeiro
Ed. Des. Caetano Pinto de Miranda Montenegro
Rua Dom Manoel, 29, 3° andar, Centro, Rio de Janeiro
Classificação indicativa: livre
Entrada franca 

Fonte: TJRJ

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Rio de Janeiro
Atendimento à imprensa: (21) 3971-9570 
 

 

Fonte MPF