MPF se reúne com instituições públicas, sociedade civil e produtores do estado de Mato Grosso — Ministério Público Federal em Mato Grosso

Manejo do Fogo: MPF se reúne com instituições públicas, sociedade civil e produtores do estado de Mato Grosso

Estado foi o mais afetado pelas queimadas em 2024, representando 21,3% do total brasileiro.

O Ministério Público Federal (MPF) promoveu uma série de encontros nos dias 10 e 11 de julho para fortalecer a implementação do Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) em Mato Grosso. O objetivo é estabelecer um sistema robusto e colaborativo para combater os incêndios, especialmente em locais com alta incidência de pontos de ignição e em áreas sensíveis.

“Os esforços do MPF buscam intensificar a cooperação entre órgãos governamentais, entidades civis, empresas e representantes de povos indígenas e quilombolas, visando a construção de estratégias eficazes de prevenção e combate ao fogo. A iniciativa se concentra em áreas críticas, incluindo os três municípios mato-grossenses que figuraram entre os 20 com 85% dos focos de incêndio do país em 2024, que são Colniza, Aripuanã e Nova Maringá”, explica o procurador da República, Gabriel Infante Magalhães Martins.

A primeira reunião, realizada em 10 de julho, contou com a participação do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBM/MT) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/MT). O foco foi a implementação do plano nos municípios de Colniza, Aripuanã e Nova Maringá, reconhecidos pela alta concentração de focos de incêndio no último ano.

No dia 11 de julho, duas reuniões foram realizadas. A primeira, pela manhã, teve como participantes o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Meio Ambiente e diversas concessionárias de energia elétrica, de ferrovias e de rodovias.

O debate central foi a implementação do plano de manejo do fogo em áreas sob responsabilidade dessas empresas, como ferrovias e rodovias, que podem ser pontos de ignição ou rotas de propagação de incêndios. A segunda reunião focou na implementação do plano em propriedades rurais estratégicas, especialmente aquelas que podem impactar terras indígenas, unidades de conservação federais e comunidades quilombolas

Participaram do encontro representantes do CBM/MT, Sema/MT, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Coordenação Estadual de Articulação Quilombola do Mato Grosso (Conaq/MT), Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).