MPF requer condenação de grupo que operava serviço clandestino de TV por assinatura em Carapicuíba (SP) — Procuradoria da República em São Paulo

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Criminal

12 de Setembro de 2024 às 14h45

MPF requer condenação de grupo que operava serviço clandestino de TV por assinatura em Carapicuíba (SP)

Criminosos captavam sinal de operadoras e distribuíam conteúdo a clientes por rede paralela de cabos

Foto em que se vê uma mão com um controle remoto apontado para tela de TV em segundo plano, que mostra diversas imagens em quadro. A imagem é escurecida nas laterais, com iluminação apenas no centro, onde está a TV


Foto ilustrativa: Canva

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação de quatro pessoas envolvidas no fornecimento ilegal de TV por assinatura em Carapicuíba (SP). Os crimes foram descobertos entre 2021 e 2022. Para comercializar o serviço, o grupo capturava o sinal de operadoras regulares e distribuía o conteúdo por meio de cabos e equipamentos instalados ilicitamente em postes de diferentes bairros do município. À medida que essa rede clandestina era implantada nas ruas, os criminosos distribuíam panfletos nas casas oferecendo a contratação dos pacotes de canais. 

O grupo agia para mascarar os indícios de irregularidade do esquema, com uso do logotipo de uma empresa falsa (“Play TV”) nos anúncios e em uniformes usados por integrantes que faziam as instalações. As aparências buscavam afastar eventuais suspeitas de clientes sobre a origem do serviço ou mesmo sobre os preços oferecidos, bem inferiores aos praticados pelas operadoras de TV. As mensalidades giravam em torno de R$ 60 e davam acesso a dezenas de canais.

Sem conhecimento técnico sobre o serviço, muitos consumidores sequer desconfiavam que o sinal de TV recebido em suas casas era fruto de delitos. “O grupo criminoso montou uma central de distribuição, em local não revelado, e, a partir deste ponto, passou a lançar nos postes cabos coaxiais para a distribuição em diversos pontos de Carapicuíba”, destacou o procurador da República João Paulo Lordelo, autor dos pedidos de condenação do MPF.

As investigações demonstraram que até mesmo os cabos, pertencentes a operadoras regulares, eram obtidos de maneira ilícita. Centenas de metros dos fios foram encontrados com os envolvidos durante o cumprimento de mandados judiciais. Parte do grupo foi presa em flagrante.

Os réus, na medida da participação de cada um, respondem por desenvolvimento clandestino de atividades de telecomunicação, associação criminosa e receptação qualificada. O pedido de condenação faz parte das alegações finais do MPF, última etapa do processo antes da sentença. A denúncia foi originalmente oferecida à Justiça pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), mas chegou ao MPF após o reconhecimento da competência federal para o julgamento do caso.

Ação Penal nº 5006923-69.2023.4.03.6130

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Fonte MPF