MPF recomenda a regularização da operação do Aeroporto Municipal de Maricá (RJ) — Procuradoria da República no Rio de Janeiro

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Meio Ambiente

8 de Novembro de 2024 às 13h3

MPF recomenda a regularização da operação do Aeroporto Municipal de Maricá (RJ)

Em 30 dias, órgãos competentes devem tomar providências para reduzir impactos na população dos ruídos de operação do terminal

Foto de pista de pouso de aeroporto onde se vê, em primeiro plano, um homem com colete fluorescente com a inscrição Codemar, fones de ouvido e rádio comunicador na mão; em segundo plano, há uma aeronave de pequeno porte e, ao fundo, há uma edificação nas cores vermelho e cinza


Foto: Prefeitura de Maricá

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou uma série de medidas que devem ser adotadas, com urgência, para corrigir falhas relacionadas à operação do Aeroporto de Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O terminal, que atualmente atende principalmente operações de helicópteros com destino à Bacia de Santos, tem gerado ruídos intensos que afetam a qualidade de vida dos moradores próximos. A recomendação foi enviada à prefeitura de Maricá (RJ) e à Companhia de Desenvolvimento de Maricá S.A. (Codemar), órgão responsável pela gestão de bens e áreas públicas do município.

O documento estipula um prazo de 30 dias para que medidas sejam adotadas pelos órgãos para a realização de estudos de impacto ambiental, de vizinhança e de zoneamento de ruído – todos exigidos pela legislação ambiental e urbanística. Eles também devem realocar as operações de pouso e decolagem para pátios mais afastados das áreas residenciais.

De acordo com o procurador da República Paulo Cezar Caladrini Barata, autor da recomendação, a operação do aeroporto tem gerado ruídos excessivos, muito além dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A poluição sonora vem comprometendo a qualidade de vida da população residente nas imediações, sem que a administração pública tenha promovido as devidas análises e estudos prévios. “A ausência de estudos técnicos impede a avaliação adequada dos impactos sociais e ambientais, o que agrava a situação de desconforto para os moradores da região”, alerta.

Dentro de dez dias, os órgãos devem informar ao MPF se estão adotando as medidas recomendadas ou justificar eventuais objeções. A falta desses estudos e das respectivas medidas mitigadoras configura uma violação dos direitos fundamentais à saúde, ao sossego e ao meio ambiente, previstos pela Constituição Federal e por normas infraconstitucionais.

“O objetivo do MPF é proteger a saúde e o bem-estar da população de Maricá, garantindo que as operações aeroportuárias sejam realizadas dentro dos parâmetros legais e sem prejudicar a qualidade de vida dos cidadãos locais”, concluiu o procurador.

Aeroporto de Maricá – O Aeroporto de Maricá atualmente abriga e controla um total de 18 helicópteros do tipo offshores, em procedimentos de rotina de decolagem e aterrissagem de voos diários à Bacia de Santos. Desde maio desse ano, o terminal também passou a contar com voos comerciais diários para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Recomendação nº 1/2024

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Rio de Janeiro
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Fonte MPF