MPF recebe menção honrosa por iniciativa junto a comunidades quilombolas da cidade de Portalegre (RN) — Procuradoria da República no Rio Grande do Norte

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Comunidades Tradicionais

20 de Maio de 2025 às 15h25

MPF recebe menção honrosa por iniciativa junto a comunidades quilombolas da cidade de Portalegre (RN)

Procuradora da República Renata Muniz foi reconhecida por iniciativa de conciliação

A imagem mostra um grupo de pessoas que está reunido ao ar livre. Algumas vestem trajes brancos com detalhes azuis e vermelhos e estão dançando. Há músicos tocando violão e tambor. Alguns espectadores assistem à apresentação.


Foto ilustrativa: Prefeitura Municipal de Portalegre

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu menção honrosa no 15º Prêmio Conciliar é Legal, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pela iniciativa “Conciliação e Mediação na Ação de Reestruturação das Políticas Públicas de Atendimento às Comunidades Quilombolas de Portalegre/RN”, que também envolveu a Justiça Federal no Rio Grande do Norte e as advocacias públicas Federal, Estadual e Municipal.

A menção foi entregue nessa segunda-feira (19), em Brasília. A procuradora da República Renata Muniz, representante do MPF na iniciativa, participou de forma online da solenidade. “Esta menção representa um importante reconhecimento do CNJ à atuação da Justiça Federal no Rio Grande do Norte, do MPF e das advocacias públicas Federal, Estadual e Municipal na promoção de soluções dialogadas e eficientes para a garantia de direitos fundamentais das comunidades quilombolas de Portalegre”, ressaltou Renata Muniz.

Histórico – Uma ação civil pública foi ajuizada pelo MPF em fevereiro de 2023, a partir de atos de violência e tortura praticados contra um descendente de quilombola na cidade de Portalegre, fato amplamente noticiado pelos meios de comunicação.

Com base nesse episódio, a procuradora da República ajuizou a ação buscando identificar e proteger os quilombolas das comunidades de Portalegre em situação de vulnerabilidade, localizadas nos sítios Pega, Lajes, Arrojado e Sítio Sobrado. Buscou, ainda, promover a reavaliação das políticas de atendimento às comunidades nas áreas de assistência social, educação e memória em direitos humanos.

“No curso da ação, a opção pela via da mediação e conciliação possibilitou observar a atuação colaborativa de todos os atores processuais. Destaca-se a ampla participação das comunidades quilombolas afetadas, com voz ativa na discussão e construção das soluções. A construção conjunta permitiu identificar as reais necessidades e prioridades dessas comunidades, garantindo que as políticas implementadas sejam mais adequadas e eficazes na promoção de seus direitos”, resume a procuradora.

Conciliar é legal – O projeto do CNJ identifica, premia, dissemina e estimula a realização de ações de modernização, no âmbito do Judiciário, que estejam contribuindo para a aproximação das partes, a efetiva pacificação e, consequentemente, o aprimoramento da Justiça.

Neste ano, o prêmio reconheceu iniciativas de sucesso em duas modalidades: Boas Práticas, com projetos que buscam a solução de conflitos por meio de decisões consensuais das partes, na qual o MPF foi agraciado com os outros órgãos; e Produtividade, a partir do desempenho dos tribunais medido pelo Índice de Composição de Conflitos (ICoC).

O presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, destacou a necessidade das soluções consensuais dos litígios. “O Brasil vive uma epidemia de judicialização e precisamos enfrentá-la. A ideia de que a função da Justiça é produzir uma sentença e depois executá-la precisa ser superada. Não há Judiciário que possa conviver com esse aumento crescente de demanda. Precisamos fazer diferente para fazer melhor”, afirmou.

Com informações do CNJ

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte
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Fonte MPF