Meio Ambiente
11 de Dezembro de 2024 às 13h20
MPF pede indenização de R$ 288 mil por morte de peixes no rio Tocantins após apagão
Desligamento da Usina Hidrelétrica de Estreito levou ao aumento da vazão da água de forma repentina e à morte de quase 300 kg de peixes
Imagem Ilustrativa: Canva
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública pedindo indenização de R$ 288 mil por danos ambientais causados no rio Tocantins. Segundo destaca o MPF, quase 300 kg de peixes morreram após o desligamento de geradores da Usina Hidrelétrica de Estreito, localizada entre os estados do Maranhão e Tocantins, durante um apagão ocorrido em 21 de março de 2018.
Na ação, o MPF aponta como responsáveis o Consórcio Estreito Energia (Ceste), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Belo Monte Transmissora de Energia SPE S.A. (BMTE). O valor da indenização será destinado ao Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA).
Segundo investigações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a BMTE e o ONS foram responsáveis pelo apagão que atingiu as regiões Norte e Nordeste do Brasil em 2018. As apurações apontaram falhas técnicas no sistema de segurança da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o que gerou o colapso energético na região.
Como consequência, o Ceste desligou oito geradores da Usina de Estreito por segurança. Para controlar o volume de água, as comportas da barragem foram abertas rapidamente, o que triplicou a vazão do rio. Essa medida gerou supersaturação de gases e turbilhões, causando a morte de mais de 6 mil peixes. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os animais sofreram embolia gasosa, traumas pela mudança brusca de pressão e choques mecânicos.
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Fonte MPF