Criminal
26 de Novembro de 2025 às 13h55
MPF participa de operação de combate ao tráfico internacional de drogas realizado por máfia montenegrina
Houve 14 mandados de busca e apreensão em três países, três prisões preventivas e bloqueio de valores de cerca de R$ 300 milhões

Foto: Antonio Augusto/MPF
Na manhã desta quarta-feira (26/11) foi deflagrada a Operação Balcãs, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por todo o ciclo logístico de remessa de cocaína, desde a sua origem nos países andinos até seu destino na Europa, por meio de portos brasileiros.
Durante a deflagração, ocorrida simultaneamente em três países (Brasil, Holanda e Paraguai), houve o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, além de três prisões preventivas. Houve o bloqueio judicial de valores em instituições financeiras, no Brasil e no Paraguai, e o sequestro de 27 veículos e 43 imóveis. No total, os valores chegam a aproximadamente R$ 300 milhões, seja de propriedade dos investigados e de empresas envolvidas nos crimes.
PF e Gaeco Nacional – As investigações foram realizadas em conjunto com a Polícia Federal e contaram também com a colaboração da Europol, a agência da União Europeia para cooperação policial, da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai e da Polícia Nacional da Holanda. No MPF, a investigação foi coordenada pelo Grupo Nacional de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Nacional) e pelo Gaeco no Rio Grande do Sul.
Desdobramento da Operação Hinterland – A operação é o desdobramento da terceira fase da Operação Hinterland, deflagrada em 2023, e teve como enfoque os responsáveis pelo fornecimento da cocaína produzida nos países andinos e os compradores das drogas remetidas pela organização criminosa por intermédio de portos brasileiros, em especial o aprofundamento após a apreensão de três toneladas de cocaína realizada na cidade de Pelotas, a maior da história do Rio Grande do Sul.
Como funcionava o esquema – Nesta nova fase, as investigações apontam que foi identificado que um dos grandes compradores da droga era um integrante de uma das máfias mais atuantes na região dos Balcãs, além de ter sido constatado que os investigados atuaram no envio de, aproximadamente, 12 toneladas de droga à Europa. Esse traficante europeu possuía relação permanente com célula do grupo criminoso estabelecida no Paraguai que, por sua vez, detinha controle de todo o fluxo logístico, desde a aquisição do entorpecente produzido em países andinos até a efetiva destinação em portos europeus. Na fronteira entre Brasil e Paraguai dois brasileiros auxiliavam nessa internalização das drogas remetidas pelos portos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República
(61) 3105-6404 / 3105-6408
pgr-imprensa@mpf.mp.br
facebook.com/MPFederal
x.com/mpf_pgr
instagram.com/mpf_oficial
www.youtube.com/canalmpf
Fonte MPF

