Direitos do Cidadão
6 de Maio de 2024 às 19h55
MPF participa de inauguração de museu em memória das vítimas da ditadura em Barra Mansa (RJ)
No local funcionava um dos principais centros de tortura da época do regime militar, entre o final dos anos 1960 e início dos anos 70
MPF participa de inauguração do Museu do Trabalho e dos Direitos Humanos, em Barra Mansa (RJ). Foto: Comunicação MPF
O município de Barra Mansa (RJ) asssitiu à inauguração do Museu do Trabalho e dos Direitos Humanos, na última sexta-feira (03), no mesmo local onde funcionou o 1° Batalhão de Infantaria Blindada do Exército e existia um centro de tortura contra opositores do regime militar.
A instalação é desdobramento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público Federal (MPF) e a prefeitura com o objetivo de transformar a área em um espaço de Memória & Verdade, em homenagem às vítimas da ditadura.
“Foi uma luta importante, não só do MPF, mas de outras instituições, como OAB, Comissões da Verdade e movimentos sociais”, afirmou o procurador da República Julio José Araujo Junior, que também é procurador regional dos direitos do cidadão adjunto do MPF no RJ, esteve à frente do TAC na época da assinatura e foi convidado para a cerimônia.
O batalhão foi um dos principais centros de tortura da época da ditadura militar, entre o final dos anos 60 e início dos anos 70, e era chamado de “sucursal do inferno”, com episódios de tortura cotidianos, que atingiam também os próprios soldados. O local ficou famoso também por ser o único caso conhecido em que a Justiça Militar condenou sete militares – das mais variadas patentes – pela prática de tortura. Em 1973, após a condenação dos militares, as atividades do batalhão foram encerradas.
O museu é organizado pelo Centro de Memória do Sul Fluminense Genival Luiz da Silva (CEMESF), da Universidade Federal Fluminense (UFF), e fica localizado no Parque da Cidade de Barra Mansa. O objetivo é contribuir para a construção de uma cultura de afirmação dos valores democráticos e de prevenção contra violações aos direitos humanos.
Assessoria de Comunicação Social
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Fonte MPF