Criminal
12 de Maio de 2025 às 17h50
MPF investiga nova ocorrência de tráfico internacional de pessoas em fábrica clandestina de cigarros no Rio de Janeiro
Operação conjunta com policiais federais e civis resgata 22 paraguaios mantidos em trabalho análogo à escravidão
Arte: Comunicação MPF
O Ministério Público Federal (MPF), em ação conjunta com a Polícia Federal e a Polícia Civil, deflagrou, na manhã desta segunda-feira (12), nova operação com o objetivo de desarticular o funcionamento de uma fábrica clandestina de cigarros no estado do Rio de Janeiro, onde trabalhadores estrangeiros, vítimas de tráfico internacional de pessoas, eram mantidos em condições degradantes. A atuação é resultado de trabalho conjunto do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Unidade Nacional de Enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas e ao Contrabando de Migrantes (UNTC).
A ofensiva resultou na localização de uma unidade de produção ilegal de cigarros falsificados de origem paraguaia, instalada na cidade do Rio de Janeiro. Durante a operação, 22 trabalhadores paraguaios foram resgatados. Os elementos colhidos indicam que eles foram trazidos ilegalmente ao Brasil e eram submetidos a trabalho forçado, sob condições análogas à escravidão. O tráfico de trabalhadores paraguaios para fábricas clandestinas de cigarro é uma rota recorrente no Brasil, pois essa mão de obra especializada é bastante comum naquele país, o que torna essas vítimas vulneráveis a esse tipo de exploração.
No local, foram presos em flagrante cinco homens que atuavam como gerentes e supervisores da atividade criminosa. A fábrica, que funcionava com capacidade produtiva elevada, abastecia o mercado ilegal em diversas regiões do estado.
Após os procedimentos de praxe, os presos foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro para lavratura dos autos de prisão em flagrante. Os trabalhadores resgatados estão sob acompanhamento das autoridades competentes, que avaliam a adoção de medidas de proteção e regularização migratória. Equipamentos e materiais apreendidos foram destinados à Receita Federal, onde passarão por perícia.
A partir das informações colhidas durante a busca e apreensão, o MPF seguirá apurando os fatos e os responsáveis poderão responder por tráfico internacional de pessoas, submissão a trabalho escravo, formação de organização criminosa, crime contra a saúde pública, falsificação, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção.
Operação Liberatis – As circunstâncias do crime revelam dinâmica idêntica à observada na Operação Libertatis, deflagrada em março deste ano, sugerindo que a nova ocorrência possa estar ligada à mesma organização criminosa investigada anteriormente. À época, o MPF identificou uma rede estruturada de tráfico de pessoas e fabricação clandestina de cigarros, com atuação em diferentes municípios do Rio de Janeiro e ligação com agentes públicos.
*Com informações da Polícia Federal
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Fonte MPF