Geral
8 de Agosto de 2025 às 15h32
Projeto Catrapovos: MPF instalará Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos em Angra dos Reis (RJ)
A ação é a primeira no Estado e fortalecerá políticas públicas voltadas à alimentação tradicional de povos e comunidades tradicionais na região
Divulgação
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Angra dos Reis (RJ), formalizará, na próxima quarta-feira (13), a instalação da Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos (Catrapovos) no município. Trata-se de uma iniciativa inédita no estado do Rio de Janeiro e fruto de uma articulação entre o MPF, o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis e da Bocaina (OTSS), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além da cooperação do Observatório das Economias da Sociobiodiversidade (Ósociobio) e da Universidade Federal Fluminense (UFF). O objetivo é promover a territorialização da Catrapovos nos municípios de Angra dos Reis e Paraty, fortalecendo a alimentação tradicional de povos e comunidades tradicionais na região.
A Mesa de Diálogo Catrapovos Brasil tem como principal referência a Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa), criada em 2016. Essa iniciativa foi presidida pelo procurador da República Fernando Merloto Soave, que liderou a implementação de uma política pública voltada à alimentação escolar indígena no Amazonas.
A ação teve início a partir de uma visita do MPF à Terra Indígena Yanomami, onde se constatou que a merenda escolar era escassa, descontextualizada e carregada de produtos industrializados, gerando altos custos logísticos superiores ao valor dos alimentos advindos da produção local, segundo apurou o MPF. A partir disso, sob a coordenação de Soave, a Catrapoa foi premiada com o Prêmio Innovare 2020 e resultou na edição de notas técnicas que permitiram a aquisição de alimentos tradicionais pela administração pública, gerando impactos positivos na renda de comunidades e garantindo melhor qualidade alimentar para milhares de estudantes.
A adesão dessa boa prática para o contexto fluminense marca um passo estratégico rumo à adoção de alimentação regionalizada e culturalmente adequada em escolas indígenas, quilombolas, extrativistas e comunidades tradicionais, com ressaltada participação dos territórios e da cultura alimentar local.
Assessoria de Comunicação Social
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Fonte MPF