MPF faz visita técnica às obras de saneamento do projeto Renasce Salgadinho, em Maceió — Procuradoria da República em Alagoas

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Direitos do Cidadão e Meio Ambiente

17 de Dezembro de 2025 às 10h38

MPF faz visita técnica às obras de saneamento do projeto Renasce Salgadinho, em Maceió

Atividade integra procedimento administrativo para garantir a regularidade do despejo de águas servidas na praia da Avenida

Uma mulher usa colete institucional e óculos escuros enquanto observa um conjunto de grandes tubulações e válvulas industriais de cor azul, instaladas em um ambiente fechado. Ela está de pé ao lado dos equipamentos, olhando atentamente para as estruturas metálicas, que aparentam fazer parte de um sistema hidráulico ou de bombeamento. Ao fundo, outra pessoa acompanha a visita técnica.


Foto: Comunicação MPF

O Ministério Público Federal (MPF) acompanhou, nesta segunda-feira (15), o andamento das obras de saneamento do projeto Renasce Salgadinho, no âmbito de procedimento administrativo aberto em 2022 para monitorar a execução das ações da prefeitura de Maceió voltadas ao tratamento e à destinação adequada das águas servidas e de outros efluentes que atingem o Riacho Salgadinho, e são lançadas na praia da Avenida.

Vista externa de um canal urbano com água correndo em seu leito. À margem esquerda, há um muro de contenção com uma grade metálica acima, separando o canal de uma área com construções residenciais. No muro, é possível ler a frase “PEKENO – VAMOS CUIDAR” escrita em tinta branca. Ao fundo, aparecem casas em encosta e edifícios mais altos, compondo uma paisagem urbana.A procuradora da República Juliana Câmara foi recebida por técnicos da prefeitura, que apresentaram as estações elevatórias do Gulandim e do Reginaldo, no bairro do poço. As estações elevatórias são cruciais para o sistema de saneamento, pois bombeiam o esgoto de áreas mais baixas para níveis mais elevados, permitindo que o efluente siga por gravidade até a Estação de Tratamento de Esgoto. Isso evita que o esgoto seja descartado diretamente nos riachos. Durante a visita técnica, também foram detalhadas as soluções de biofiltragem adotadas no projeto. Segundo os técnicos, as obras de saneamento estão praticamente concluídas e já se encontram em fase de testes operacionais.

A equipe conheceu ainda os jardins de filtragem, no Vale do Reginaldo. Estruturas formadas por plantas macrófitas, responsáveis pela absorção de bactérias e pela redução da carga poluente. Após o período de testes, a água tratada passa por análises laboratoriais e somente depois é lançada no canal coletor, de forma ambientalmente controlada.

Além das intervenções de saneamento, a representante do MPF, responsável pelo procedimento, acompanhou de perto as obras urbanísticas, incluindo a implantação de cinco praças que irão compor os passeios e áreas de convivência ao longo do projeto. A previsão é que essas estruturas, assim como o conjunto das intervenções do Renasce Salgadinho, sejam entregues no primeiro semestre de 2026.

Três pessoas conversam em uma passarela ou área próxima ao canal. Ao centro, a mesma mulher de colete institucional e óculos escuros gesticula com a mão, aparentemente explicando algo. Dois homens a escutam atentamente, um à esquerda e outro à direita. Ao fundo, vê-se o canal, casas simples e moradores circulando na região.Acompanhamento contínuo – Por meio do Procedimento Administrativo 1.11.000.000683/2022-80, o MPF acompanha a execução das obras até a conclusão e entrega integral do projeto Renasce Salgadinho. A instauração do procedimento considera a histórica poluição da Praia da Avenida, provocada pelo lançamento irregular de esgoto e resíduos sólidos no mar, decorrente principalmente do despejo de efluentes não tratados no Riacho Salgadinho. Segundo o MPF, o problema está diretamente relacionado à deficiência ou ausência de sistema de esgotamento sanitário e de coleta de lixo no Vale do Reginaldo e em áreas adjacentes.

O objetivo central do projeto é garantir a destinação final adequada das águas servidas e da carga de poluentes que chegam à Praia da Avenida, tanto pelos lançamentos diretos de resíduos sólidos e matéria orgânica nos riachos da Bacia do Reginaldo quanto pelas transposições de águas servidas provenientes da Bacia da Pajuçara.

O atual procedimento também toma por base documentos técnicos do Inquérito Civil Público (ICP) 1.11.000.000752/2016-15, já arquivado, mas que tratava de assunto relativo ao lançamento de esgoto e de obras anteriores de requalificação, que não chegaram a ser concluídas. Além da visita técnica, o MPF acompanha o projeto por meio de solicitação oficial de documentação sobre os andamentos das obras à Prefeitura de Maceió e de reuniões periódicas.

Procedimento administrativismo: 1.11.000.000683/2022-80

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Fonte MPF