MPF e SPU discutem com moradores soluções para urbanização sustentável da orla de Camboinha, em Cabedelo (PB) — Procuradoria da República na Paraíba

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Meio Ambiente

10 de Outubro de 2025 às 14h54

MPF e SPU discutem com moradores soluções para urbanização sustentável da orla de Camboinha, em Cabedelo (PB)

Reunião abordou erosão costeira, regularização fundiária e preservação da vegetação de restinga

Ambiente interno de auditório moderno, com várias pessoas sentadas em cadeiras azuis acolchoadas, voltadas para um palco. No palco, há um palestrante em pé, falando diante de uma tela grande.


Foto: Comunicação MPF

O Ministério Público Federal (MPF) se reuniu com moradores e proprietários das praias de Camboinha 1, 2 e 3, em Cabedelo (PB), para discutir o projeto de urbanização da orla e as medidas de preservação ambiental. Participaram do encontro representantes da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Programa de Avaliação do Ambiente Costeiro (Preamar) e da Prefeitura de Cabedelo. O objetivo foi buscar soluções conjuntas que conciliem o desenvolvimento urbano com a proteção da restinga e o enfrentamento da erosão costeira.

A reunião, realizada na sede do MPF em João Pessoa em setembro, foi conduzida pelo procurador da República João Raphael Lima e contou com o superintendente da SPU na Paraíba, Giovanni Marinho, e os representantes do Preamar Cláudio Dybas e Larissa Lavor. Foram apresentados os trechos da orla contemplados no projeto e as medidas de proteção ambiental previstas.

Durante o encontro, o MPF destacou os desafios fundiários da região e a necessidade de conciliar regularização, segurança jurídica e preservação ambiental. O procurador explicou que a atuação do órgão é técnica e independente, voltada à defesa do uso sustentável das áreas da União. Também foram mencionados acordos anteriores com o município de Cabedelo, que resultaram na remoção de construções irregulares e na proteção da vegetação de restinga, reconhecida como barreira natural contra a erosão e as mudanças climáticas.

Desenvolvimento urbano e sustentabilidade – O Preamar apresentou o diagnóstico ambiental da orla, que identifica as restingas e as dunas como ecossistemas essenciais para conter o avanço do mar, recarregar aquíferos e preservar a biodiversidade. O grupo alertou para os impactos de construções não autorizadas e obras rígidas que alteram o transporte natural de sedimentos e agravam a erosão costeira.

A Prefeitura de Cabedelo expôs um projeto piloto de urbanização em dois trechos da orla, totalizando três mil metros quadrados, com calçadão, ciclovia, recomposição da vegetação nativa e faixa de proteção entre os imóveis e a restinga. A proposta inclui passarelas elevadas, áreas verdes e quiosques regulares, visando o acesso público à praia e a recuperação de áreas degradadas.

Os moradores pediram que o projeto considere a ocupação consolidada e os impactos sobre famílias que vivem na região há décadas. Solicitaram análises técnicas adicionais para ajustar o traçado do calçadão e respeitar os limites de propriedade, reduzindo conflitos fundiários.

A SPU apresentou as normas de fiscalização e sanção aplicáveis às ocupações irregulares e esclareceu que as multas seguem critérios legais. O MPF ressaltou que o foco das ações não é arrecadatório, mas sim o ordenamento e a proteção das áreas de marinha, incentivando os moradores a buscar a regularização conforme a legislação vigente.

Ao final, os participantes definiram encaminhamentos: o Preamar dará continuidade aos estudos sobre erosão na costa paraibana, a SPU prosseguirá com as recomendações sobre gestão costeira e o MPF acompanhará o andamento do projeto, garantindo a participação social e a conformidade ambiental. A Prefeitura de Cabedelo se comprometeu a ajustar o plano com base em novos levantamentos e a realizar novas reuniões públicas com os moradores.

Inquérito Civil nº 1.24.000.001517/2023-23

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Fonte MPF