MPF e Prefeitura de Maceió discutem deslocamento de equipamentos do entorno da roda-gigante — Procuradoria da República em Alagoas

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Meio Ambiente

1 de Dezembro de 2025 às 9h30

MPF e Prefeitura de Maceió discutem deslocamento de equipamentos do entorno da roda-gigante

Município apresenta ações de ordenamento da orla e orientações adotadas para ambulantes, em cumprimento às decisões judiciais

Fotografia da roda gigante de Maceió vista de baixo


Foto: Secom Maceió

O Ministério Público Federal (MPF) reuniu-se, na tarde da última sexta-feira (28), com representantes do Município de Maceió para tratar das adaptações necessárias no projeto urbanístico do entorno da roda-gigante instalada na orla marítima da capital. As discussões ocorreram à luz da sentença judicial transitada em julgado que determina o ordenamento da orla — entre o Posto 7 e o antigo Posto Atlantic — e a observância da situação constatada em 2010, bem como da decisão liminar ainda vigente.

Coordenada pela procuradora da República Niedja Kaspary, a reunião contou com a presença de representantes da Procuradoria Geral do Município (PGM), da Secretaria Estratégica de Relações Institucionais, da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Semsc) e do Instituto de Pesquisa, Planejamento e Licenciamento Urbano e Ambiental (Iplam). O encontro deu continuidade à reunião anterior sobre o mesmo tema.

Durante a apresentação dos documentos técnicos, foram detalhados os equipamentos instalados no entorno imediato da roda-gigante, especialmente dois quiosques retangulares de uso comercial. De acordo com a sentença judicial, o Município deve abster-se de autorizar novas ocupações, instalações ou permissões na orla marítima, nos trechos abrangidos pela decisão.

Reunião Roda GiganteO Município argumentou que houve compensação de área, uma vez que equipamentos foram removidos conforme determinado pela Justiça, ampliando espaços de convivência, circulação e contemplação ao longo dos últimos anos. O MPF entende que a roda-gigante, por ser uma estrutura vazada, não compromete significativamente a paisagem, além de representar um atrativo turístico relevante. No entanto, a procuradora manifestou preocupação com a instalação de novos estabelecimentos comerciais, tendo em vista a vedação expressa na decisão judicial sobre novos equipamentos.

Ao final do diálogo, ficou definido que a Prefeitura apresentará um novo projeto para deslocar os dois quiosques da parte superior do calçadão para a área rebaixada da antiga praça Multieventos. O MPF se dispôs a realizar uma vistoria in loco a fim de avaliar os impactos visuais atuais e futuros após o reposicionamento. O deslocamento dos equipamentos ocorrerá antes do peticionamento ao Juízo, que analisará o projeto completo para fins de homologação e solução definitiva da questão.

No tocante ao cumprimento da sentença, a Semsc informou que vem mantendo ações de fiscalização e notificando os responsáveis por barracas e estruturas há anos instaladas na orla para que se adequem às determinações judiciais. O Município também apresentou o layout de padronização dos sombreiros, atendendo ao MPF.

Ambulantes — A Semsc destacou que continua orientando ambulantes que atuam irregularmente na orla, em cumprimento à sentença judicial acompanhada pelo MPF. A decisão determina o ordenamento do espaço, proibindo a entrada de novos ambulantes na área delimitada. Na reunião, reforçou-se a intimação de que o protocolo de pedido não autoriza o exercício da atividade, já que a decisão judicial — da qual não cabe recurso — deve ser integralmente respeitada. As limitações recaem especificamente sobre a orla, não impedindo o exercício de atividades em outras áreas da cidade, ainda que próximas ao litoral.

Segundo a Semsc, a ação tem sido conduzida com diálogo, orientação e foco na preservação do espaço público e no cumprimento das normas vigentes.

Ao final da reunião, a procuradora da República Niedja Kaspary reiterou a importância de que a Prefeitura mantenha as ações de fiscalização, ordenamento e regularização em estrita observância à sentença judicial, garantindo a preservação ambiental e paisagística da orla marítima de Maceió.

 

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Fonte MPF