MPF e moradores do Bom Parto discutem melhorias para o bairro e acompanham avanço de obras do acordo socioambiental — Procuradoria da República em Alagoas

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Direitos do Cidadão

7 de Julho de 2025 às 16h2

MPF e moradores do Bom Parto discutem melhorias para o bairro e acompanham avanço de obras do acordo socioambiental

Além do Plano de Ações Sociourbanísticas, reunião também esclareceu aspectos sobre a inspeção judicial marcada para julho na área de maior risco do bairro

Em uma sala de reuniões do Ministério Público Federal (MPF), oito pessoas estão sentadas ao redor de uma mesa em formato de “U”. Ao centro, na cabeceira da mesa, está uma mulher de terno cinza, aparentemente conduzindo a reunião. À esquerda da imagem, quatro pessoas — três mulheres e um homem — estão sentadas, vestindo roupas casuais e com crachás no pescoço. À direita, outros três homens também estão sentados, igualmente com crachás visíveis. A parede ao fundo exibe um painel institucional do MPF, com o nome da Procuradoria da República em Alagoas repetido sobre fundo branco. Há copos de vidro sobre a mesa e aparelhos de microfone embutidos. O ambiente é claro, com piso branco e ar-condicionado fixado na parede.


Foto: Comunicação MPF/AL

O Ministério Público Federal (MPF) se reuniu com moradores do bairro Bom Parto, em Maceió (AL), na manhã da última sexta-feira (4), para discutir propostas de melhoria para o bairro e prestar esclarecimentos sobre as ações em andamento no âmbito do Plano de Ações Sociourbanísticas (PAS), previsto no Acordo Socioambiental firmado entre Braskem e MPF, com participação do Ministério Público do Estado e Prefeitura de Maceió.

Durante o encontro, conduzido pela procuradora da República Roberta Bomfim, o início das obras do espaço multieventos do Bom Parto, previsto para o dia 1º de agosto, foi celebrado por ser fruto de amplo processo participativo com a comunidade. O projeto, construído com base em metodologias de urbanismo colaborativo, foi elaborado a partir de oficinas comunitárias e de devolutivas realizadas com moradores e lideranças locais, garantindo a inclusão de propostas diretamente sugeridas pela população.

A área contemplada pelo projeto inclui um espaço multiuso destinado a atividades culturais, celebrações e oferta de serviços; um campo de futebol adaptado para jogos com até 11 jogadores, com instalação de tela de proteção; além de área de recreação infantil, equipamentos para exercícios físicos ao ar livre e pista de caminhada. Também estão previstas arquibancadas, banheiros, vestiários, mobiliário urbano, melhorias na iluminação pública e na acessibilidade. As intervenções se estenderão ao entorno imediato, com obras de asfaltamento e drenagem das vias adjacentes.

Reunião Bom Parto, no MPFA comunidade mencionou também o atendimento da solicitação de inclusão de uma pequena praça utilizada tradicionalmente com finalidade religiosa, ampliando a área inicialmente prevista para intervenção.

“O diálogo com a comunidade é essencial para que as ações do PAS reflitam, de fato, as necessidades reais do Bom Parto. As melhorias anunciadas são fruto direto dessa escuta e do compromisso das instituições em garantir pertencimento aos moradores”, reforçou a procuradora Roberta Bomfim

Também foram apresentadas novas demandas pelos representantes da comunidade, como as questões relacionadas ao desabastecimento de água, além de dúvidas sobre editais do Comitê Gestor e Unops, e os resultados do Inventário Participativo do Patrimônio Cultural Imaterial (IPCI). O MPF se comprometeu a compartilhar as respostas já recebidas do Unops, para que os moradores analisem e deem retorno.

Inspeção Judicial – Outro ponto central da reunião foi o esclarecimento sobre a inspeção judicial marcada para o dia 22 de julho, na subárea AT06-B, considerada a de maior risco no bairro Bom Parto, abrangendo cerca de 880 lotes. A medida foi determinada pela Justiça Federal, a pedido do MPF, do MP/AL e da Defensoria Pública da União (DPU), no âmbito da ação civil pública ajuizada em 2023.

Reunião Bom Parto, no MPFO objetivo da inspeção é fornecer elementos técnicos ao juiz federal responsável pelo caso, André Granja, para subsidiar decisões sobre indenizações e realocação de moradores da área destacada por sua vulnerabilidade no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias versão 5 (Mapa V5). A visita contará com a participação da Defesa Civil municipal e nacional e do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM).

Moradores agradeceram a escuta institucional e manifestaram esperança de que a inspeção reforce a necessidade de medidas urgentes. “Acreditamos que essa inspeção será suficiente para mostrar a realidade ao juiz”, disse Fernando Lima, liderança comunitária.

O MPF reforçou que a ação judicial não busca ampliar o mapa de risco, mas sim assegurar os direitos dos moradores já identificados em área de alto risco do Mapa V5. Foi também destacada a importância de que a inspeção ocorra de forma tranquila e colaborativa, para que tenha a maior produtividade possível.

1.11.000.000125/2022-14

 

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Fonte MPF