MPF e Incra visitam comunidade quilombola em Sergipe para intermediar conflitos — Procuradoria da República em Sergipe

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Comunidades Tradicionais

20 de Junho de 2025 às 14h51

MPF e Incra visitam comunidade quilombola em Sergipe para intermediar conflitos

Em acordo, foi definida nova data para eleição de representante da comunidade Carapitanga, seguindo as regras do regimento associativo.

Imagem mostra uma reunião comunitária em um espaço coberto, com paredes de barro e telhado de zinco sustentado por troncos de madeira. Diversas pessoas, incluindo homens, mulheres e crianças, estão sentadas em cadeiras de plástico branco, prestando atenção em duas pessoas que falam em pé, no centro do ambiente. Ao fundo, vê-se a paisagem externa com árvores e céu claro. O clima é de atenção e diálogo coletivo. O ambiente é simples, com chão de cimento e objetos como uma mesa roxa e vasos de planta.


Imagem: MPF

O Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Sergipe (Incra) visitaram, nesta terça-feira (17), a comunidade de Carapitanga, localizada no Quilombo de Brejão dos Negros, em Brejo Grande (SE). Segundo denúncias feitas ao MPF, a eleição para representantes desta comunidade, realizada no dia 25 de maio, ocorreu de forma irregular, desrespeitando o próprio estatuto da associação quilombola.

O MPF e o Incra foram no local esclarecer a comunidade os motivos pelo qual a eleição teria sido inválida. Depois da intermediação do MPF, os participantes acordaram em fazer uma nova eleição, seguindo as formalidades exigidas no estatuto. Também foi resolvida a questão sobre o uso do centro comunitário, com o acordo de que ele seria de uso de todas as comunidades do Quilombo, não devendo existir restrição de acesso a grupos específicos.

Irregularidades – De acordo com a associação representante do Quilombo de Brejão dos Negros Santa Cruz, o edital para a eleição foi fixado na porta do centro comunitário no mesmo dia da eleição. No entanto, segundo o estatuto da associação, o edital deve ser divulgado com antecedência mínima de cinco dias da data da escolha do representante e afixado em vários locais a fim de se dar ampla publicidade.

Os integrantes da comunidade também informaram que pessoas não quilombolas participaram da votação, o que também vai contra o estatuto da associação. Por fim, eles também apontaram que a presidente eleita não é cadastrada como quilombola.

Na reunião, os representantes do Incra explicaram o andamento do processo de titulação do território de Brejão dos Negros, que aguarda apenas o decreto presidencial. A advogada Jane Tereza, que representa os integrantes da comunidade quilombola Brejão dos Negros também participou do encontro, e também fez uso da fala, enfatizando a necessidade de se fazer nova eleição.

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Fonte MPF