MPF denuncia 15 pessoas por envolvimento em rede internacional de tráfico de mulheres — Procuradoria-Geral da República

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Criminal

17 de Dezembro de 2025 às 17h0

MPF denuncia 15 pessoas por envolvimento em rede internacional de tráfico de mulheres

O grupo aliciava e recrutava vítimas no Brasil para serem exploradas sexualmente no exterior

Foto escura de uma mulher com a mão para frente


Foto ilustrativa: Canva

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra 15 pessoas acusadas de integrar uma rede internacional de tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. Segundo o MPF, o grupo atuou por mais de quatro anos, em diversos países, com o objetivo de aliciar e levar brasileiras para serem exploradas no exterior. A denúncia foi recebida pela Justiça e os acusados vão responder pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, organização criminosa e rufianismo (lucro com a prostituição de outras pessoas).

A denúncia é resultado da Operação Cassandra e do trabalho articulado entre a Unidade Nacional de Enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas e ao Contrabando de Migrantes (UNTC) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Nacional do MPF. O documento detalha a estrutura complexa e organizada do grupo criminoso, que operava com etapas bem definidas para garantir a obtenção de lucro com a exploração das mulheres.

O esquema envolvia desde o aliciamento e recrutamento das vítimas no Brasil, com a promessa de melhores condições de vida, até a expedição de passagens e passaportes. Em alguns casos, os documentos eram falsificados para burlar controles migratórios, conforme aponta o MPF. Uma vez no exterior, as mulheres eram submetidas a uma rotina de exploração controlada, que incluía a gestão de anúncios em sites de serviços sexuais, controle sobre o agenciamento dos programas, restrição de liberdade, vigilância das rotinas e a imposição de jornadas exaustivas.

As investigações apontam que as vítimas foram levadas para países da Europa, Oceania e Oriente Médio. Com a alta lucratividade do esquema, os criminosos usavam mecanismos de lavagem de dinheiro no Brasil – como compra de bens e aplicações em empresas de fachada e criptoativos – para dar aparência de legalidade ao dinheiro obtido com as atividades ilícitas.

Com o recebimento da denúncia, os investigados passam à condição de réus. Ao final da ação penal, após depoimentos de réus e testemunhas e análise de provas, a Justiça vai decidir se os acusados são culpados pela prática dos crimes aplicar as penas, conforme o caso de cada um.  

O processo corre em segredo de justiça. 

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Fonte MPF