MPF articula transição da pecuária para atividades sustentáveis na Reserva Biológica do Lago Piratuba (AP) — Procuradoria da República no Amapá

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Meio Ambiente

16 de Maio de 2025 às 13h45

MPF articula transição da pecuária para atividades sustentáveis na Reserva Biológica do Lago Piratuba (AP)

Em conversas com as comunidades, MPF propôs a redução gradativa da criação de búfalos e migração para atividades compatíveis com a reserva

Foto mostra várias pessoas sentadas em cadeiras azuis, voltadas para um homem em pé na frente. Ele veste camisa de mangas compridas azul com a logo do MPF e segura o braço esquerdo com a mão direita enquanto fala.


Procurador da República Milton Souza, em pé, conversa com a comunidade. (Foto: Jeanny Raiol | MPF)

O Ministério Público Federal (MPF) realizou encontros com famílias tradicionais residentes na Reserva Biológica (Rebio) do Lago Piratuba, em Cutias (AP), para discutir a transição da criação de búfalos no interior da reserva para práticas sustentáveis. As duas reuniões, que ocorreram no fim de abril, contaram também com a participação de representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela Rebio.

Durante os encontros, o procurador da República Milton Tiago Araújo de Souza Junior esclareceu que o MPF está atuando na defesa do meio ambiente e buscando soluções para regularizar a situação das famílias tradicionais que residem na Rebio. O representante do MPF explicou, ainda, que a criação bubalina é uma atividade que causa muitos danos, como surgimento de canais, valas e assoreamento do leito do Rio Araguari. Por isso, não há como licenciar a atividade pecuária dentro da unidade de conservação.

Nesse sentido, o MPF destaca a importância do diálogo e da construção de um termo de compromisso entre o ICMBio e os moradores que estabeleça as condições para a transição das atividades produtivas e a permanência das comunidades na reserva. Dentre as opções citadas como alternativas sustentáveis estão a piscicultura, o cultivo de açaí, a criação de abelhas para produção de mel e a produção de biojoias.

Os pecuaristas tradicionais manifestaram tanto o interesse em permanecer na Rebio, desde que com apoio técnico e incentivo para as novas atividades, quanto a preocupação com os desafios de transição e a viabilidade econômica das alternativas. Ao final das reuniões, ficou definido que serão realizados novos encontros para aprofundar as discussões e formalizar os acordos.

Rebio Lago Piratuba – A atuação do MPF se dá em procedimento que apura os danos ambientais causados pela criação de búfalos no antigo leito do Rio Araguari, na área assoreada, e no interior da Rebio do Lago Piratuba.

Além das tratativas com as comunidades que vivem na reserva, o MPF também tem atuado para que grandes pecuaristas que exploram a área retirem seus rebanhos da região. Em março deste ano, por exemplo, um pecuarista se comprometeu a retirar dois mil animais da área irregular, por meio de um termo de ajustamento de conduta assinado com o MPF.

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Fonte MPF