MPF apoia seminário sobre combate ao trabalho análogo à escravidão em comunidades tradicionais — Procuradoria da República em Alagoas

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Comunidades Tradicionais

17 de Julho de 2025 às 8h9

MPF apoia seminário sobre combate ao trabalho análogo à escravidão em comunidades tradicionais

Atividade marca encerramento do primeiro ciclo do projeto ÒMINIRA Liberdade e será realizada no auditório do MPF em Maceió

Imagem retangular com fundo em textura de terra batida, em tom marrom avermelhado, remetendo ao solo do sertão. No centro, estão dispostos blocos de texto com aparência rústica e letras estilizadas, que remetem a elementos gráficos da cultura popular nordestina. No topo da imagem e na parte inferior, há uma faixa decorativa com padrões geométricos em vermelho, verde, amarelo e branco, que reforçam o aspecto cultural e tradicional. Ao centro, em destaque, estão as palavras: “PROJETO” (em letras verdes com contorno branco, sobre fundo verde escuro), “ÒMINIRA” (em laranja, com acento diferencial estilizado, sobre fundo vermelho escuro), “LIBERDADE” (em verde vibrante, sobre fundo verde escuro).
Logo abaixo de “LIBERDADE”, em letras pequenas e brancas, lê-se:
“Erradicação do trabalho escravo!” À direita da palavra "LIBERDADE", há uma silhueta de cacto verde, simbolizando o ambiente semiárido. A composição visual remete à resistência, ancestralidade e à luta por dignidade nas comunidades tradicionais do sertão nordestino.


Arte: Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas é parceiro institucional do I Seminário Alagoano de Combate ao Trabalho Análogo à Escravidão nos Territórios de Comunidades Tradicionais, que acontece no próximo dia 18 de julho de 2025, das 9h às 13h, no auditório da Procuradoria da República em Alagoas (PR/AL), em Maceió.

Promovido pela Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais de Alagoas (RMCT), por meio do projeto ÒMINIRA Liberdade, o seminário marca o encerramento do primeiro ciclo da iniciativa, que tem como foco o enfrentamento ao trabalho análogo à escravidão em comunidades tradicionais, com ênfase nos quilombos alagoanos. O evento também celebra o lançamento oficial do ÒMINIRA 2 e a apresentação da Cartilha Digital ÒMINIRA Liberdade, resultado das escutas, vivências e formações realizadas ao longo do projeto.

Durante o seminário, dois painéis temáticos vão promover debates públicos fundamentais sobre o tema. O primeiro, intitulado “Trabalho análogo à escravidão contemporânea no Brasil e em Alagoas”, contará com a participação da procuradora da República Juliana Câmara, do frei Xavier Plassat, da Comissão Pastoral da Terra (CPT/Tocantins), e da procuradora do Ministério Público do Trabalho Marcela Dória.

A procuradora da República Juliana Câmara é membro das Comissões Nacional e Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae e Coetrae), do Comitê Nacional do Ministério Público de Combate ao Trabalho em Condição Análoga à de Escravo e ao Tráfico de Pessoas (Conatetrap), além de coordenar o Grupo de Apoio ao Combate à Escravidão Contemporânea e ao Tráfico de Pessoas (GACEC-TRAP) vinculado à 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.

O frei Xavier Plassat atua na Comissão Pastoral da Terra e na luta contra o trabalho escravo contemporâneo no Brasil. Atualmente é membro da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae). Seu trabalho rendeu-lhe o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2008. Frei Xavier apoiou Pureza Lopes Loyola, cuja história de busca pelo filho escravizado inspirou o longa-metragem “Pureza”.

Já Marcela Dória é procuradora do trabalho em Alagoas, titular regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete) do MPT e membro da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae).

O segundo painel, “Trabalho análogo à escravidão nos quilombos alagoanos”, terá como expositoras a cientista social Elis Lopes Garcia, mestranda em Antropologia Social e coordenadora geral do projeto, a assistente social e socióloga Mônica Carvalho e a liderança quilombola Madalena Aquino, do Quilombo Paus Pretos (Monteirópolis), estudante de Física.

A apresentação da cartilha digital será conduzida por representantes dos quilombos Carrasco (Arapiraca), Lagoa do Algodão (Carneiros) e Caboclo (São José da Tapera): Nívea Maria Queiroz, estudante de física; Kelly Damasceno, educadora física e coordenadora do Coletivo Quilombo de Saiase, e; Naiane Marques, estudante de Pedagogia Quilombola, respectivamente.

O projeto ÒMINIRA Liberdade é financiado pelo Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno, do Fundo Brasil de Direitos Humanos, e conta com o Quilombo Carrasco como parceiro fiscal.

Para o procurador da República Eliabe Soares, titular do ofício de povos indígenas e comunidades tradicionais do MPF em Alagoas, o seminário é uma oportunidade importante de diálogo e fortalecimento da rede de proteção aos direitos humanos. “O enfrentamento ao trabalho análogo à escravidão exige escuta ativa, articulação interinstitucional e valorização dos saberes e vivências das comunidades. O projeto ÒMINIRA representa esse esforço coletivo por liberdade, dignidade e justiça social. O MPF se orgulha em apoiar essa iniciativa”, destacou o procurador.

Elis Lopes destacou que “a parceria com o MPF é super importante, histórica quando se trata de prevenção e combate ao trabalho análogo a escravidão nos quilombos. Ter esse apoio dos parceiros é fundamental. Nossa função é prevenir”.

O MPF reconhece a importância da atuação conjunta e do diálogo com os povos e comunidades tradicionais no enfrentamento às formas contemporâneas de escravidão e reafirma seu compromisso com a promoção da dignidade, da justiça social e dos direitos humanos.

Serviço:
Evento: I Seminário Alagoano de Combate ao Trabalho Análogo à Escravidão nos Territórios de Comunidades Tradicionais
Data: 18 de julho de 2025 (sexta-feira)
Horário: Das 9h às 13h
Local: Auditório do MPF em Alagoas – Avenida Juca Sampaio, 1800, Barro Duro – Maceió/AL
Realização: Projeto ÒMINIRA Liberdade e Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais de Alagoas – RMCT
Parceria: Ministério Público Federal (MPF/AL)
Informações: (82) 99682-5369 | redemaria403@gmail.com

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Fonte MPF