MPF acompanha condições de acolhimento de indígenas Warao em Maceió (AL) — Procuradoria da República em Alagoas

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Indígenas

10 de Janeiro de 2025 às 14h20

MPF acompanha condições de acolhimento de indígenas Warao em Maceió (AL)

Encontro debate medidas emergenciais e políticas públicas adotadas pelo Município para atender 137 indígenas venezuelanos

Indígenas Warao junto ao procurador Eliabe Soares no MPF


Foto: Ascom PR/AL

O Ministério Público Federal (MPF) promoveu, na manhã desta sexta-feira (10), uma reunião para tratar do acolhimento das famílias indígenas venezuelanas da etnia Warao em Maceió (AL). O encontro contou com a participação de representantes do Município de Maceió, da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), do Consultório na Rua e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

O objetivo foi discutir a transferência e o acolhimento das famílias Warao no novo espaço destinado pela Prefeitura de Maceió, localizado no bairro Village Campestre, além das medidas já adotadas para atender às necessidades urgentes da comunidade. .

Anteriormente acolhidas pela Casa de Ranquines, 32 famílias, totalizando 137 pessoas, foram transferidas ontem (9) para a Casa de Passagem Familiar e, hoje (10), para o espaço de acolhimento destinado aos Warao. Segundo o Município, o local está passando por adequações estruturais, mas já oferece condições para receber as famílias, com apoio de uma equipe especializada, composta por antropólogos, assistentes sociais, psicólogos, agentes culturais e nutricionistas, entre outros.

Durante a reunião, coordenada pelo procurador da República Eliabe Soares, titular do Ofício de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, foram discutidos desafios específicos, como questões de convivência interna entre as famílias, além da adequação do espaço às especificidades culturais e sociais dos Warao. A promotora de Justiça Alexandra Beurlen, do MP/AL, reforçou que o respeito às particularidades do povo Warao é essencial e destacou a importância de um espaço adequado e estruturado.

.Pelas famílias Warao, foi expressa a preocupação com problemas de convivência interna e com o encaminhamento das políticas públicas. Segundo eles, é fundamental que situações específicas dos indígenas sejam consideradas quando da definição sobre suas habitações.

Os representantes municipais explicaram que o local atual destinado ao acolhimento era anteriormente uma escola privada e está sendo adaptado para atender as famílias. Entre as obras realizadas, destacam-se a construção de banheiros, redários e a cobertura de áreas abertas para convivência. Contudo, algumas reformas foram temporariamente suspensas no final do ano e ainda estão pendentes.

A pedido do MPF, o Município se comprometeu a apresentar um cronograma detalhado para conclusão das adequações. Também foi definido que, no final de janeiro, os Ministérios Públicos e Defensorias Públicas realizarão uma inspeção no local. Antes disso, será feita uma visita técnica por equipes do MPF, Funai, ACNUR e do próprio Município para avaliar as condições de convívio no espaço e das políticas públicas oferecidas à comunidade..

O procurador da República Eliabe Soares destacou que o acolhimento dessas famílias deve ser uma política pública transitória e que a finalidade é de inserção dessas pessoas na sociedade maceioense/alagoana, de modo que exerçam com autonomia suas funções e a gestão de suas próprias vidas.

A reunião reforçou o compromisso das instituições envolvidas em assegurar os direitos dos indígenas venezuelanos e promover um acolhimento digno para as famílias Warao que vivem em Maceió.

NF – 1.11.001.000371/2024-28

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Fonte MPF