MPF acompanha ações da Iguá para garantir abastecimento de água e avanço do esgotamento sanitário em Sergipe — Procuradoria da República em Sergipe

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Meio Ambiente

21 de Novembro de 2025 às 9h39

MPF acompanha ações da Iguá para garantir abastecimento de água e avanço do esgotamento sanitário em Sergipe

Reunião tratou de cronogramas, universalização do saneamento até 2033 e atendimento a regiões vulneráveis do estado

A imagem anexa mostra uma reunião de negócios ou profissional em uma sala de conferências bem iluminada, possivelmente um escritório moderno com grandes janelas à esquerda. Em torno de uma mesa de madeira escura e retangular, estão sentadas cinco pessoas. No primeiro plano, à esquerda, um homem de terno azul escuro está sentado, com as mãos cruzadas sobre a mesa, olhando para o lado oposto. À sua frente, um microfone de conferência e duas garrafas térmicas grandes (tipo 'pump pot') se destacam. No centro da mesa, uma pessoa com cabelos loiros cacheados e uma maquiagem marcante, usando uma blusa estampada, está inclinada sobre papéis e um laptop. No lado direito da mesa, duas pessoas estão engajadas na conversa: uma mulher de óculos e blusa cinza claro está sentada ao lado de um homem de terno preto e gravata, que gesticula enquanto fala, sugerindo que ele é o orador naquele momento. Ao fundo, uma quinta pessoa está sentada em uma estação de trabalho separada, olhando para um monitor.


Reunião entre o MPF, representado pela procuradora da República Gisele Bleggi (centro-esquerda), e representantes da Iguá, em 18/11/2025, na sede do órgão, em Aracaju (SE). Foto: Comunicação/MPF.

O Ministério Público Federal (MPF) realizou, na terça-feira (18), reunião com representantes da concessionária Iguá Saneamento para avaliar a execução das ações relacionadas à distribuição de água tratada e à implantação do esgotamento sanitário em Sergipe.

A empresa assumiu as atividades antes desempenhadas pela Deso, e o MPF tem monitorado a transição, com atenção especial às regiões mais vulneráveis e às áreas que concentram obras estruturantes. A Iguá informou que seu principal objetivo na concessão é universalizar o saneamento básico em Sergipe até 2033, conforme estabelecido pelo novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020).

Um dos principais pontos discutidos foi a situação da Zona de Expansão de Aracaju (ZEA), onde a obra de macrodrenagem já está em andamento. O MPF ressaltou a necessidade de sincronizar essa obra com o sistema de esgotamento sanitário, ainda em fase de elaboração pela Iguá. A falta de integração entre as duas etapas pode ampliar o risco de despejo irregular de esgoto e causar poluição no rio Vaza-Barris.

A procuradora da República Gisele Bleggi destacou que o início imediato das obras de esgotamento sanitário é essencial para prevenir impactos ambientais e viabilizar a expansão urbana de forma adequada. “A macrodrenagem já está em execução, enquanto o esgotamento sanitário ainda está apenas no projeto. Nós pedimos que o cronograma fosse antecipado para que as duas obras sejam instaladas e colocadas em funcionamento simultaneamente, evitando danos ao rio Vaza-Barris e o aumento de ligações clandestinas de esgoto”, afirmou.

A Iguá informou que está concluindo os projetos estruturantes da região e que deverá finalizar os estudos até janeiro de 2026. A empresa se comprometeu a apresentar, na próxima reunião, marcada para 30 de janeiro, o projeto completo de esgotamento sanitário da Zona de Expansão de Aracaju e uma minuta do cronograma de execução das obras consideradas prioritárias.

Abastecimento hídrico no interior – O MPF também cobrou prioridade para áreas que enfrentam maiores dificuldades no fornecimento de água. A procuradora enfatizou a situação do sertão sergipano, que sofre com a seca e com a fragilidade de sistemas antigos herdados da gestão anterior. Foram apontados, ainda, outros pontos críticos, como municípios e povoados afetados por falhas em adutoras ou por interrupções frequentes no abastecimento. O MPF solicitou que o novo cronograma da concessionária contemple essas regiões prioritárias.

Outro tema abordado foi a existência de povoados não contemplados pelo contrato de concessão, o que os deixa sem previsão de obras ou melhorias no abastecimento. O MPF pediu que a Iguá apresente solução para atendimento a essas localidades, seja por aditivo contratual, contratação complementar ou outro mecanismo legal viável.

 

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Fonte MPF