Justiça Federal recebe denúncia do MPF contra soldado da Polícia Militar e outras cinco pessoas — Procuradoria da República em Roraima

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Criminal

19 de Fevereiro de 2025 às 11h45

Justiça Federal recebe denúncia do MPF contra soldado da Polícia Militar e outras cinco pessoas

Os acusados foram flagrados em posse de mais de dez toneladas de cassiterita e 837,75 gramas de ouro fundido sem qualquer autorização legal e armas de fogo

Imagem retangular com fundo preto escrito DENÚNCIA em caixa alta, na cor branca, localizada no centro da imagem.


Arte: Comunicação MPF

A Justiça Federal recebeu na quinta-feira (13) denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra seis pessoas acusadas pela prática de crimes relacionados à extração ilegal de recursos minerais, posse ilegal de armas e prevaricação, em Boa Vista, no estado de Roraima.

De acordo com o MPF, os acusados foram flagrados em posse de mais de dez toneladas de cassiterita e 837,75 gramas de ouro fundido sem qualquer autorização legal, configurando crime de usurpação de bem da União.

Conforme a denúncia, dois dos seis acusados possuíam, sem registro e com a numeração raspada, uma pistola Taurus PT57S, calibre .765 mm e um revólver Taurus, caracterizando crime de posse ilegal de armas de uso restrito.

A investigação foi conduzida pela Polícia Federal e revelou que os seis envolvidos, entre eles um soldado da Polícia Militar (PM), atuavam em um esquema ilegal de beneficiamento e comercialização de minérios, exploravam e armazenavam grandes quantidades de cassiterita em um galpão localizado em Boa Vista. No local, os agentes também apreenderam equipamentos utilizados na mineração ilegal, além de um forno e um cilindro para derretimento do ouro.

Conforme as investigações, o soldado da PM estava no local do crime como segurança particular e deixou de praticar suas funções legais em detrimento de interesses escusos, contrariando de forma deliberada seu dever legal enquanto policial, configurando a prática de crime de prevaricação, previsto no artigo 319 do Código Penal.

A decisão da Justiça Federal determina a citação dos seis denunciados para apresentarem resposta à acusação no prazo de dez dias. Caso não constituam advogados de defesa, a Defensoria Pública da União será acionada para representá-los.

Com a medida, o MPF ressalta que segue atuando para combater crimes ambientais e a exploração ilegal de recursos naturais, buscando a responsabilização dos envolvidos e a proteção do patrimônio público, demonstrando a importância da fiscalização e do rigor no enfrentamento ao garimpo ilegal na região Norte do país.

A denúncia é assinada pelo procurador da República André Porreca, titular do 2º Ofício da Amazônia Ocidental do MPF, localizado em Manaus, com atuação especializada no combate à mineração e ao garimpo ilegais nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.

 
Ação Penal n.º 1001479-84.2022.4.01.4200

Ministério Público Federal
Procuradoria da República em Roraima

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Fonte MPF