Direitos do Cidadão
6 de Maio de 2024 às 14h13
Iniciativa apoiada pelo MPF vai premiar educadoras e educadores antirracistas do oeste do Pará
Cerimônia de lançamento do prêmio foi realizada na última terça-feira (30)
Fotos: Comunicação MPF
Para que a educação antirracista seja promovida todos os dias, o ano todo, e não só em datas comemorativas ou esporádicas, foi lançado, na última terça-feira (30), em Santarém (PA), um prêmio que vai celebrar o trabalho de educadoras e educadores que implementam práticas e projetos antirracistas como parte permanente do cotidiano escolar.
A iniciativa da premiação é do Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-Brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq), do Instituto de Ciências da Educação (Iced) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
As inscrições para o Prêmio Educador e Educadora Antirracista – 2024 serão gratuitas e poderão ser realizadas de 19 de agosto a 30 de setembro. A inscrição poderá ser individual ou de equipe de educadores. Serão oferecidos R$ 10 mil em premiações. Nesta primeira edição do prêmio, poderão se inscrever professores e professoras da educação básica da rede pública e particular de 21 municípios do oeste paraense. Confira a íntegra do regulamento.
O Ministério Público Federal (MPF) é uma das instituições apoiadoras do prêmio, que também conta com o apoio do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), do Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá (MPT PA-AP), das Pró-Reitorias de Gestão Estudantil (Proges) e da Cultura, Comunidade e Extensão (Procce) da Ufopa, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (Sintepp – subsede de Santarém), do Movimento Negro Unificado (MNU), do grupo musical Sambatuque, além da Ufopa e do Iced.
Promoção de direitos – “A premiação é uma forma bastante interessante de promover o direito da população, o direito de estudantes de serem ensinados em relação à cultura ancestral, à educação afro-brasileira, respeitando os mandamentos que determinam que a educação afro-brasileira seja ministrada nas escolas”, destacou o procurador da República Paulo de Tarso Moreira Oliveira.
A promotora de Justiça Lilian Braga, coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac) vinculado ao Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH) do MPPA, reforçou o convite para que todos os educadores e educadoras participem do prêmio, como forma de que o tema do combate ao racismo possa ser muito mais debatido no Pará.
O coordenador do Afroliq, Luiz Fernando de França, e a educadora popular e integrante do Afroliq Alessandra Caripuna detalharam o regulamento da premiação, apontando que a iniciativa também é uma maneira de combater o racismo institucional nas unidades escolares. “O racismo estrutural normaliza o racismo, e por isso a educação antirracista tem que normalizar o antirracismo”, resumiu o coordenador do Afroliq. Nesse sentido, Alessandra Caripuna convocou educadores e educadoras a continuarem sendo agentes de transformação social, e que suas ideias sejam amplificadas por meio da inscrição no prêmio.
Álbum de fotos e vídeos do evento de lançamento do prêmio
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
Para mais informações:
Fonte MPF