IlhaMuseu abre seleção para caiçaras, indígenas e quilombolas integrarem implantação do projeto em Ilhabela (SP) — Procuradoria da República em São Paulo

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Comunidades Tradicionais

27 de Maio de 2024 às 12h27

IlhaMuseu abre seleção para caiçaras, indígenas e quilombolas integrarem implantação do projeto em Ilhabela (SP)

Com apoio do MPF, museu em construção destina-se à valorização de povos tradicionais e do patrimônio natural do Litoral Norte paulista

Foto mostra Ilha das Cabras, em Ilhabela. Trata-se de uma pequena ilha montanhosa, com uma casa construída na parte superior


Foto: ilhamuseu.org

A instauração de um museu na Ilha das Cabras, em Ilhabela (SP), deu mais um passo importante para que o reconhecimento e o respeito às comunidades tradicionais da região sejam contemplados pelo projeto. Estão abertas as inscrições para o preenchimento de vagas destinadas a caiçaras, indígenas e quilombolas que farão parte da equipe responsável pela curadoria do chamado IlhaMuseu e pelas atividades que serão desenvolvidas no local.

A participação direta de integrantes das comunidades na configuração do IlhaMuseu permitirá que o espaço atenda plenamente a um de seus principais objetivos. Conduzido pela Unesco com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), o projeto prevê a criação de um museu destinado à valorização dos patrimônios cultural e natural do Litoral Norte paulista, com reconhecimento de práticas sustentáveis dos povos tradicionais de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

Ao todo, são seis vagas disponíveis. Os detalhes e as orientações para participação podem ser consultados em https://app3.brasilia.unesco.org/vagasubo/index.php?option=com_phocadownload&view=category&id=1&Itemid=5. Basta procurar pelas vagas identificadas como “Projeto 2210526031BRZ”.

O IlhaMuseu teve início em 2022, após o encerramento de uma ação judicial contra o ex-senador Gilberto Miranda, que durante 30 anos ocupou a Ilha das Cabras irregularmente. A resolução judicial do caso teve atuação direta do MPF, em conjunto com o Ministério Público estadual. Os recursos provenientes do pagamento de multas e da indenização por danos ambientais (mais de R$ 12 milhões) viabilizaram a criação do projeto, que pretende devolver à ilha sua condição de bem público e protegido.

Fonte MPF