Exposição “Mulheres Invisibilizadas” é inaugurada na PRR1 — Procuradoria Regional da República da 1ª Região

Exposição “Mulheres Invisibilizadas” é inaugurada na PRR1

A mostra destaca a luta, a força e a resistência de mulheres que tiveram grande impacto na sociedade. Visitação segue até 18 de julho

Durante um mês, o público interno e externo da Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1) está convidado a conhecer a exposição “Mulheres Invisibilizadas”, lançada na última quarta-feira (18). A mostra revela nomes e biografias de mulheres que tiveram grande impacto na sociedade, mas que foram esquecidas pela história oficial.

A curadoria da exposição, idealizada pelo Grupo de Trabalho sobre Igualdade de Gênero da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), destaca a luta, a força e a resistência dessas mulheres, provocando uma reflexão sobre as desigualdades ainda presentes na sociedade.

Na inauguração da exposição, o procurador-chefe regional, José Robalinho Cavalcanti, reforçou o convite a todas e todos da unidade a visitarem o espaço e se inspirarem na história das personagens retratadas.

“A exposição fala por si própria e é muito difícil vê-la sem se emocionar. Eu chamo atenção de todos para entendermos o quanto aqui é retratado do nosso país, o quanto é importante para a nossa história. Mulheres que não conhecemos e não sabemos o tamanho do impacto que elas tiveram, este é o sentido de `Mulheres Invisibilizadas’. E para entendermos aonde queremos chegar, para darmos o real protagonismo às mulheres, temos que olhar para a nossa história”, destacou José Robalinho.

Ana Paula Mantovani, procuradora-chefe adjunta, ressaltou a relevância da iniciativa como uma forma de reconhecer e amplificar o legado das histórias dessas mulheres. Nomes como Carolina Maria de Jesus, primeira escritora negra a alcançar sucesso internacional; Anita Garibaldi, revolucionária brasileira que deixou marcas tanto no Brasil, quanto na Itália; Leolinda Daltro, considerada precursora do feminismo indígena; Esperança Garcia, primeira advogada do Brasil; entre outras.

“Essas ausências não ocorrem por acaso, elas são fruto de sistemas de desigualdade profundamente arraigados, que continuam a restringir a plena participação das mulheres, especialmente daquelas submetidas a múltiplas formas de discriminação. Promover a escuta e a valorização dessas vozes é um dever de justiça social, de respeito à democracia, de afirmação dos direitos humanos”, afirmou Ana Paula Mantovani.

Representando o Grupo de Trabalho sobre Igualdade de Gênero da PFDC, falou a procuradora regional Priscila Schreiner.

“A ideia do GT foi justamente dar lugar às vozes das mulheres que foram silenciadas. Por exemplo, nós conhecemos José de Alencar da nossa época de escola, no entanto, a gente não conhece Bárbara de Alencar, que foi sua avó. Assim como ela, tantas outras mulheres foram esquecidas. E se hoje estamos aqui e nossas vozes são ouvidas, é porque essas vozes ecoaram no passado e até hoje estão presentes”, afirmou Priscila Schreiner.

Por fim, a secretária-geral do Ministério Público Federal, Eliana Torelly, também destacou a relevância da mostra.

“Eu queria dizer a cada mulher que está aqui, qualquer que seja a sua idade, a sua raça, a sua condição social, que você tenha a oportunidade de se espelhar nesses exemplos. Durante muito tempo, as mulheres foram caladas, invisibilizadas, mas essas mulheres tiveram a coragem e nos trouxeram até onde estamos. Cada uma de vocês pode ocupar espaço na sociedade, seja na sua igreja, na sua comunidade, na sua casa, onde quer que seja”, ressaltou Eliana Torelly.

Também participaram do evento os procuradores regionais Valquíria Oliveira Quixadá Nunes e Wellington Luís de Sousa Bonfim.

Visitação – A exposição segue aberta ao público interno e externo da Procuradoria até 18 de julho, a visitação é de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.

Além da exposição física, todas as pessoas estão convidadas a conhecer a versão digital da mostra e o site sobre a Lei do Minuto Seguinte, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual.

Exposição Mulheres Invisibilizadas
Visitação: Segunda à sexta, das 12h às 18h
Período: De 18 de junho a 18 de julho
Local: Espaço Cultural Darcy Ribeiro – 12º andar
Endereço: SAS quadra 5, bloco E, lote 8

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