Estudantes autistas da UFAL apresentam demandas por inclusão ao MPF em Alagoas — Procuradoria da República em Alagoas

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Direitos do Cidadão

26 de Maio de 2025 às 11h55

Estudantes autistas da UFAL apresentam demandas por inclusão ao MPF em Alagoas

Foram apontadas as dificuldades enfrentadas por estudantes e a necessidade de institucionalizar a acessibilidade na universidade

arte para divulgação da atuação do MPF sobre acessibilidade


Imagem: Comunicação MPF/AL

Na última sexta-feira (23), o Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL) recebeu representantes do Coletivo Autista da UFAL para dar continuidade às discussões iniciadas na audiência pública sobre acessibilidade e inclusão, realizada em março. O grupo é formado por estudantes autistas da Universidade Federal de Alagoas, unidos por mais inclusão e melhores condições de acessibilidade no ambiente acadêmico.

Os estudantes foram recebidos pelo procurador regional dos direitos do cidadão, Bruno Lamenha, e apresentaram os principais desafios enfrentados na universidade. Entre os pontos levantados estão as dificuldades para acessar políticas de assistência estudantil, a falta de cotas nos editais internos – inclusive em monitorias, o baixo valor das bolsas de pró-graduação e a ausência de tecnologias assistivas. Também foi destacada a necessidade de ampliar os espaços de apoio, como salas sensoriais e ambientes adaptados, já que a única sala existente não dá conta da demanda do campus.

TEA UFALOutro aspecto relevante apontado foi a falta de políticas claras para orientar a comunidade acadêmica sobre inclusão e direitos das pessoas com deficiência. Os estudantes ainda relataram problemas no restaurante universitário e na banca de validação de cotas, além de defenderem o fortalecimento da Comissão Permanente de Acessibilidade e a inclusão definitiva do tema no regimento interno da UFAL.

“Fiquei muito feliz com a organização de vocês. Com certeza, todas essas informações e detalhes trazidos auxiliam muito no nosso trabalho. Atuar pela melhoria da acessibilidade na universidade, mesmo diante de tantos desafios, não é ser contra A ou B, mas agir em conjunto em busca do melhor possível, para que as pessoas com deficiência encontrem igualdade de condições dentro do ambiente acadêmico”, destacou o procurador.

Os estudantes egressos da Ufal que compareceram à reunião foram Sol Martin de Castro, Antonio Lucas Bezerra, Elves André Rodrigues, Cauê Bittencourt Ângelo e Arthur Manuel Pimentel.

Bruno Lamenha reforçou o compromisso do MPF em atuar junto à universidade para buscar melhorias não apenas para o público com Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas para todas as pessoas com deficiência. Ele explicou que as demandas apresentadas serão analisadas e que a universidade será oficialmente consultada antes da adoção de novas medidas para cobrar avanços efetivos na área da acessibilidade.

 

MARÇO – MPF promove audiência pública sobre acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência na UFAL 

ABRIL – MPF e curso de Letras-Libras da UFAL discutem melhorias na acessibilidade para estudantes com deficiência

MAIO – MPF recomenda criação de comissão de acessibilidade na UFAL

 

 

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Fonte MPF