Fiscalização de Atos Administrativos
2 de Julho de 2024 às 17h35
Escutas públicas do MPEduc debateram a qualidade do ensino em Costa Marques e Alta Floresta (RO)
Eventos promovidos pelo MPF, em parceria com o MPRO, serviram para elaboração conjunta de raio X da educação nos municípios
Fotos: MPF
O projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) esteve presente em duas cidades rondonienses: Costa Marques e Alta Floresta D’Oeste. As escutas públicas foram promovidas pelo Ministério Público Federal (MPF) em parceria com o Ministério Público de Rondônia (MPRO). Profissionais da educação, familiares de estudantes e gestoras e gestores públicos informaram quais melhorias são necessárias na educação em seus municípios.
Em Costa Marques, a escuta pública teve a presença dos procuradores da República Jairo da Silva e Thiago Fernandes Figueiredo de Carvalho, do promotor de Justiça Maiko Miranda, do prefeito, Vagner da Silva, da secretária de Educação, Maria Aparecida Longuini, e da representante da Câmara Municipal de Vereadores Juliane Duarte. No pátio da Escola Angelina dos Anjos, cerca de 120 participantes debateram sobre:
- internet e conectividade nas escolas;
- transporte escolar;
- ensino integral e estrutura física necessária para acomodar os alunos;
- vagas nas creches e estrutura necessária;
- plano de cargos e salários e incentivos a profissionais da educação;
- gestão financeira e distribuição equitativa das escolas no município;
- capacitação de cuidadores de crianças especiais;
- educação inclusiva;
- incentivo à matrícula, além de outros assuntos.
Em Alta Floresta D’Oeste, os procuradores, o vice-prefeito, Robson Ugolini, e o secretário de Educação, Glicério Bittencurt, reuniram-se com pais, alunos e profissionais da educação no pátio da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Cerca de 170 pessoas participaram da escuta pública. O raio X da educação do município apontou as necessidades nos seguintes aspectos:
- merenda escolar insuficiente;
- crescimento no número de alunos além do esperado;
- substituição de transformadores nas escolas rurais;
- transporte escolar;
- livros não utilizados em totalidade;
- falta de professores e de aulas;
- formação continuada para professores, inclusive os de creche;
- climatização de salas e laboratórios de informática;
- aulas de informática básica;
- turmas multisseriadas com mais de 25 alunos, entre outros assuntos.
Vistorias – Nos dias que antecederam às escutas públicas, os procuradores percorreram escolas dos municípios para vistoriar as condições físicas e estruturas, fotografando e anotando situações encontradas. Foram visitadas oito escolas em Costa Marques e sete em Alta Floresta D’Oeste.
A partir das vistorias e dos relatos apresentados na escuta pública, o MPF e o MPRO atuarão para buscar melhorias e soluções para os problemas identificados.
Retorno – A equipe do MPEduc vai voltar às cidades em setembro, quando será realizada audiência pública para que o Ministério Público informe à sociedade o que foi realizado ao longo do projeto, inclusive no que se refere à expedição de recomendações e se essas recomendações foram ou não atendidas.
MPEduc – O projeto Ministério Público pela Educação tem por objetivos principais fiscalizar a execução de políticas públicas de educação; verificar a existência e efetividade dos conselhos sociais com atuação na área de educação; e levar ao conhecimento do cidadão informações essenciais sobre seu direito a uma educação de qualidade e seu dever para que esse serviço seja adequadamente ofertado.
Na fase atual, o programa está sendo implementado em 27 municípios brasileiros, de até cem mil habitantes, escolhidos como pilotos. A execução dos pilotos é uma das etapas de um projeto estratégico que visa reestruturar a iniciativa e atualizar a metodologia de modo a fomentar uma atuação coordenada, integrada e dialogada pelos membros do Ministério Público no âmbito da educação básica.
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Fonte MPF