Entrevistas inéditas resgatam documentário sobre procurador Pedro Jorge, assassinado em 1982 — Procuradoria Regional da República da 5ª Região

Entrevistas inéditas resgatam documentário sobre procurador Pedro Jorge, assassinado em 1982

Conteúdo extra reúne novas entrevistas e trechos que não foram inseridos no filme “Pedro Jorge: uma vida pela justiça”, lançado em março de 2017

A história do procurador da República assassinado por denunciar um esquema de corrupção em plena ditadura militar virou filme em março de 2017. Naquele momento, o Ministério Público Federal (MPF) na 5ª Região e a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) lançaram o documentário “Pedro Jorge: uma vida pela justiça”, que contou com depoimentos de personagens que viveram de perto esse episódio. Agora, relatos que não foram aproveitados no roteiro e entrevistas gravadas posteriormente se somam à narrativa. 

Os conteúdos extras do documentário acrescentam informações ao que já foi contado no filme e compõem um relevante acervo histórico sobre a vida de Pedro Jorge de Melo e Silva e o esquema criminoso que ele denunciou: o chamado Escândalo da Mandioca. O caso, que teve repercussão nacional, aconteceu em Floresta, no Sertão do estado, entre os anos de 1979 e 1981, com a participação de militares, políticos e outras pessoas influentes da região. O procurador da República foi assassinado em 3 de março de 1982, a mando de um dos acusados.

Material inédito – Na seção “extras” do hotsite do documentário (docpedrojorge.mpf.mp.br), o público tem acesso a falas que não foram inseridas no roteiro do filme e também a entrevistas inéditas. Uma delas é a do procurador regional da República aposentado Hélio Maldonado Jorge, que representou o MPF no júri dos assassinos de Pedro Jorge. Essa gravação foi feita em 2023, na cidade de Vitória, no Espírito Santo.

O procurador regional da República Rafael Nogueira, chefe da Procuradoria Regional da República da 5ª Região (PRR5) — unidade do MPF que produziu o documentário —, destaca que a divulgação desse conteúdo é uma forma de honrar, mais uma vez, a memória de Pedro Jorge. “Estamos entregando um material que não apenas tem valor histórico para a sociedade, mas também reafirma o caráter e o comprometimento que Pedro Jorge tinha com a justiça e a verdade, algo louvável e que não deve ser esquecido”, declarou.