Em reunião pública, MPF debate melhorias para a educação especial e inclusiva no Pará — Procuradoria da República no Pará

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Direitos do Cidadão

23 de Janeiro de 2025 às 17h0

Em reunião pública, MPF debate melhorias para a educação especial e inclusiva no Pará

Encontro com sociedade civil e movimentos sociais foi realizado em Santarém (PA), nessa segunda-feira (20)

Foto de uma sala de reunião com uma grande mesa retangular de cor clara, cercada por cadeiras pretas. Nove pessoas estão sentadas ao redor da mesa, sendo sete mulheres e dois homens. Na lateral direita, há um painel de fundo branco com logotipos repetidos do MPF. A sala possui paredes brancas e cortinas bege.


Foto: Comunicação MPF

Mais de 120 pessoas participaram de reunião pública sobre educação especial e inclusiva, realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) nessa segunda-feira (20). O encontro, com participação virtual e presencial, na sede da instituição em Santarém (PA), reuniu procuradores da República, movimentos sociais, professores, familiares de estudantes com deficiência e representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

Realizada a pedido do Movimento pela Educação Inclusiva (Movei), a reunião pública teve o objetivo de ouvir as demandas da população para fazer um diagnóstico da realidade educacional no Pará e buscar soluções conjuntas para a garantia do direito à educação inclusiva e especial.

O debate foi conduzido pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Pará, Sadi Flores Machado, e pelo procurador da República Vítor Vieira Alves.

Os representantes do MPF reforçaram o papel da instituição na fiscalização do cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), prorrogado até o final de 2025, e destacaram a importância de garantir a meta nº 4 do plano, que estabelece a universalização do acesso à educação básica e ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Principais demandas – As discussões revelaram um cenário complexo e desafiador na educação inclusiva paraense, marcado pela falta de recursos, infraestrutura inadequada e falta de qualificação para profissionais de diferentes áreas da educação. “Existem questões que são urgentes, que afetam diretamente a dignidade de pessoas, e, sobretudo, de crianças”, reforçou a coordenadora do Movei, Lilian Aquino.

Entre as principais demandas apresentadas, destacam-se:

  • Precariedade da acessibilidade pedagógica: falta de adaptação curricular, metodologias de ensino e materiais didáticos acessíveis para atender às diferentes necessidades dos estudantes.
  • Indisponibilidade de salas de recursos multifuncionais (SRM): muitas escolas não possuem SRM ou os espaços são inadequados para o atendimento especializado.
  • Inexistência de equipes multiprofissionais: falta de profissionais como psicólogos, assistentes sociais, intérpretes de Libras, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos nas escolas.
  • Profissionais sem qualificação adequada: muitos professores não possuem formação específica em educação inclusiva ou formação continuada para lidar com a diversidade dos estudantes.
  • Oferta inadequada de AEE: o oferecimento de AEE no horário das aulas regulares priva alunos do acesso ao currículo comum e da convivência com os demais colegas.
  • Dificuldades de acesso ao ensino superior: ausência de políticas de inclusão nas universidades públicas e falta de acessibilidade para estudantes com deficiência e neurodiversidade nos processos seletivos.

Próximos passos – O MPF se comprometeu a elaborar recomendações às instituições federais de ensino, aos municípios paraenses e ao governo do estado, buscando o cumprimento das metas do PNE, com priorização de investimentos na educação inclusiva. 

A instituição também se colocou à disposição para atuar em conjunto com a OAB, movimentos sociais e demais parceiros na busca por soluções para a garantia do direito à educação para todas as pessoas.

Assista a íntegra da reunião abaixo:

Ministério Público Federal no Pará
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Fonte MPF