Dados coletados por estudantes de direito em projetos de extensão vão contribuir com investigações do MPF no PA — Procuradoria da República no Pará

Dados coletados por estudantes de direito em projetos de extensão vão contribuir com investigações do MPF no PA

Em visita à sede do MPF em Belém, alunos apresentaram projetos e receberam orientações da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Pará

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu, em sua sede em Belém, no Pará, alunos de três turmas do curso de direito da Faculdade Estácio do Pará (Estácio/FAP), incluindo calouros. Cerca de 60 estudantes foram recebidos, na última quinta-feira (16) pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Pará, Sadi Flores Machado, e pela equipe da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no estado.

Além de oferecer uma visita guiada no prédio da instituição e apresentar aos alunos as atribuições e o funcionamento da PRDC, o encontro permitiu que os estudantes apresentassem e recebessem orientações a respeito de projetos de extensão relacionados à temática de direitos humanos, a fim de construir uma ação conjunta com o MPF.

Durante a execução dos projetos de extensão, os estudantes vão avaliar as informações coletadas para verificar se podem contribuir com investigações e atuações diversas da PRDC, para compartilhar esses dados com a instituição por meio de representações formais.

O evento foi conduzido pela equipe da PRDC no Pará, que iniciou o bate-papo pautando as funções do MPF, dos grupos de trabalho e das ações vinculantes da instituição.

Em seguida, a professora da Estácio Karen Santos falou sobre as disciplinas extensionistas que foram institucionalizadas pela FAP e a importância de uma educação ativa e interventora frente à atuação dos advogados em causas sociais.

A aluna do 3º semestre do curso de direito Francisca Solange Chaves participou do evento e contou detalhes sobre o projeto desenvolvido pelo grupo que faz parte. “Nós estamos desenvolvendo um trabalho que é sobre o direito a autoidentificação dos indígenas refugiados e matriculados na rede pública de ensino do município de Belém. Esse projeto não é apenas para os alunos indígenas venezuelanos, ele se estende aos alunos brasileiros, objetivando a aceitação do indivíduo, aceitação de sua cultura e de seus direitos. Ele não parte apenas do princípio de conteúdos, mas uma educação de inclusão de direitos humanos”, explicou.

Francisca Chaves pontuou ainda a importância do evento para os estudantes. “A experiência de hoje foi maravilhosa, porque nós percebemos que o Ministério Público Federal está disposto a nos ajudar, a nos orientar, ouvir e contribuir. Então é muito importante e gratificante para nós, enquanto alunos, saber que existem profissionais que estão dispostos a ajudar. Hoje a gente conseguiu se sentir abraçado”, contou a aluna.