Cooperação Internacional
21 de Outubro de 2024 às 9h55
Cristo Redentor é iluminado com as cores da Cúpula de Procuradores-Gerais dos países do G20 na abertura do evento
Primeiro dia do encontro foi marcado por reuniões bilaterais entre os países integrantes do bloco econômico
Foto: Guilherme Silva/Fotógrafo oficial do Santuário Cristo Redentor
Na noite deste domingo (20), o Cristo Redentor foi iluminado com as cores vermelha, azul, verde e amarela, para marcar a abertura oficial da primeira Cúpula dos Procuradores-Gerais dos países do G20 (PG20). O evento reúne os chefes do Ministério Público de 21 delegações de países do bloco econômico e convidados da Presidência brasileira no G20 em torno de estratégias comuns de combate ao crime organizado transnacional e de proteção do meio ambiente.
Em seu discurso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, destacou que a escolha da solenidade aos pés do Cristo Redentor é simbólica porque, ao estar de braços abertos, mostra uma atitude de acolhimento. “É assim que procuramos ser no Brasil”, disse. O padre Omar Raposo, reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, ressaltou a importância do evento para a comunidade internacional. “É um grande acontecimento a menos de um mês para o G20, espero que seja um momento especial e que o Cristo Redentor os acompanhe”, afirmou.
Até terça-feira (22), os procuradores-gerais reunidos no Rio de Janeiro vão definir estratégias para fortalecer a cooperação jurídica internacional e firmar uma carta de compromissos com a definição de ações que beneficiem de forma mútua todos os países envolvidos. “Estamos reunidos confiantes de que, pelo intercâmbio de experiências, fortalecemo-nos ainda mais para enfrentarmos os problemas que nos são comuns e que os nossos países confiam às nossas instituições”, afirmou o PGR. Ele agradeceu às comitivas das nações representadas, à organização do evento, além dos apoiadores e patrocinadores do PG20.
Participam da cúpula 13 delegações que integram o grupo econômico: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Reino Unido, Rússia e União Europeia. Autoridades de outros oito países convidados pela Presidência brasileira no G20 e com os quais o MPF mantém laços de cooperação também participam das discussões: Angola, Chile, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Singapura.
O vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, destacou que o evento será uma oportunidade de trocar informações e estreitar os laços de confiança entre os integrantes do Ministério Público dos países do G20. “Sem a união de todos por meio de uma cooperação internacional forte jamais conseguiremos enfrentar o crime organizado transnacional”, pontuou. Durante a tarde de domingo, as delegações dos países realizaram diversas reuniões bilaterais para avançar em propostas de atuação conjunta.
Parceiros – A cúpula PG20 conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Prefeitura do Rio de Janeiro e com o apoio das seguintes instituições: Banco do Brasil, Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).
O conselheiro do CNMP Moacyr Rey Filho lembrou que hoje os crimes transnacionais como o cibernético, ambiental e o tráfico de seres humanos se adaptaram às novas tecnologias, o que exige uma resposta rápida e eficaz das autoridades de persecução penal. “Como membros do Ministério Público, temos a responsabilidade de nos adaptarmos com a mesma agilidade, fortalecendo nossas instituições e aprimorando nossa cooperação internacional para combater essas ameaças de forma eficaz”, afirmou.
Na mesma linha, o presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, destacou que a cúpula sinaliza a todos os integrantes do Ministério Público que a união de esforços é fundamental na luta em prol da sustentabilidade, do progresso e da proteção dos direitos humanos. “Reforçamos nosso compromisso com a sociedade brasileira de promover avanços concretos para a construção de uma sociedade mais justa e solidária”, complementou o presidente da Conamp, Tarcísio Bonfim.
Fonte MPF