Criação de rede de análise de agrotóxicos e monitoramento de riscos à saúde são temas de encontro no MPF/MS — Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul

Criação de rede de análise de agrotóxicos e monitoramento de riscos à saúde são temas de encontro no MPF/MS

O encontro aconteceu em formato híbrido, presencialmente na sala de reuniões da PR/MS, e virtualmente

O Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos de Mato Grosso do Sul realizou nesta terça-feira (1º/4) uma reunião ordinária para discutir questões de saúde pública. O encontro, realizado em formato híbrido, presencialmente na sala de reuniões da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul (PR/MS) e virtualmente, teve como foco principal a criação de uma rede de laboratórios dedicados à análise de agrotóxicos e ao monitoramento dos riscos à saúde da população.

A reunião contou com a presença do procurador da República e coordenador do Fórum, Marco Antonio Delfino de Almeida; do Superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Mato Grosso do Sul, Ronaldo de Souza Costa; da Assistente Técnica da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no MS, Silvia Uehara; da Procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT/MS), Cláudia Fernanda Noriler Silva; da representante da Sociedade Civil e dos Movimentos Sociais e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Alexandra Penedo de Pinho; do Promotor de Justiça do Núcleo Ambiental do Ministério Público Estadual, Luciano Furtado Loubet, e demais integrantes. Juntos, eles debateram a implementação de laboratórios em universidades e na Fiocruz, abordando os desafios orçamentários e a necessidade de um compromisso institucional para viabilizar essas iniciativas.

Principais Temas Abordados

Durante o encontro, os participantes analisaram dados sobre a distribuição de agrotóxicos no estado e discutiram a reorganização do espaço de discussões, além de agendarem futuras reuniões e uma audiência pública sobre pulverização aérea, marcada para o dia 7 de maio em Brasília.

Entre os tópicos discutidos estavam:

* Criação de uma Rede de Laboratórios: Os membros do Fórum destacaram a importância de estabelecer uma rede de laboratórios para realizar exames toxicológicos e monitorar os riscos à saúde relacionados ao uso de agrotóxicos. A proposta inclui a utilização de recursos provenientes de multas para equipar laboratórios em instituições como a Fiocruz e universidades locais.

* Análise de Agrotóxicos na Água: A necessidade de um laboratório especializado para a análise de agrotóxicos na água foi uma preocupação central. Os participantes levantaram questões sobre a capacidade técnica do Lacen e discutiram a elaboração de um projeto para a criação de um novo laboratório na UFMS, enfrentando desafios orçamentários e burocráticos.

* Disponibilidade de Dados: O grupo debateu a questão da transparência e disponibilidade de dados sobre agrotóxicos no sistema da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

Próximas Etapas

Os participantes delinearam uma série de ações para os próximos meses, incluindo:

* Contatar o Lacen para agendar uma visita e discutir as deficiências do laboratório.
* Solicitar formalmente informações sobre o equipamento de análise de agrotóxicos e suas condições de uso.
* Organizar reuniões com representantes da Sanesul para discutir a divulgação de dados sobre agrotóxicos na água.