Campanha 21 Dias de Ativismo é encerrada no Dia Internacional dos Direitos Humanos com ações integradas na Paraíba — Procuradoria da República na Paraíba

0
20

Direitos do Cidadão

10 de Dezembro de 2025 às 19h45

Campanha 21 Dias de Ativismo é encerrada no Dia Internacional dos Direitos Humanos com ações integradas na Paraíba

Iniciada no Dia da Consciência Negra, mobilização contou com a adesão do MPF e demais ramos do MP com iniciativas focadas no combate à violência de gênero, especialmente a violência digital

Imagem em fundo roxo e laranja, com a silhueta de uma mulher em destaque ao centro, voltada para o lado. À esquerda, aparece o texto: ¿UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres¿. À direita, estão os logotipos do MPF, MPT, Sintur e ONU. É um material de campanha de enfrentamento à violência contra mulheres.


Arte: Comunicação/MPF/PB

A campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres chega ao fim nesta quarta-feira (10), data em que é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Na Paraíba, o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), aderiu ao movimento e desenvolveu uma série de iniciativas voltadas ao enfrentamento da violência de gênero e da violência digital, reforçando a importância da prevenção, da informação e do acesso à justiça.

A procuradora regional dos Direitos do Cidadão Janaina Andrade destacou o alinhamento das ações locais à campanha da ONU Mulheres. “Desde o dia 20 de novembro, o MPF aderiu à campanha UNA-SE – 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher com ações. A campanha se iniciou no Dia da Consciência Negra no país, já que as mulheres negras são as mais vitimadas nas mais variadas formas de violência”, afirmou.

Ela ressaltou ainda a importância de dar atenção à dimensão digital da violência. “Este ano, a campanha UNA-SE da ONU teve por foco a violência digital. Pesquisas apontam que uma a cada três mulheres é vítima de violência nas redes sociais, como pornografia de vingança, cyberbullying, stalking e discurso de ódio. O movimento busca sensibilizar a sociedade e os poderes públicos para o tema, buscando o aprofundamento das políticas de combate à violência de gênero, feminicídio e outras formas de agressões que estão recrudescidas pela brutalidade das ações”, explicou.

A procuradora reforçou que a mobilização está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, dedicado à igualdade de gênero, que “visa estimular ações para o alcance da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas. Na Paraíba, embora com todo o empenho das forças policiais, em 2025, se contabiliza 32 casos de feminicídios, enquanto em 2024 foram 26. Por sua vez já se contabiliza 1.072 crimes sexuais”, concluiu.

violência digital Ações realizadas durante a campanha – Uma série de iniciativas de conscientização foram promovidas pelo MPF ao longo do período. Em novembro, o órgão uniu-se ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur) na mobilização da ONU Mulheres contra a violência de gênero. A ação incluiu a divulgação da campanha por meio de busdoors instalados em 20 ônibus que circulam em João Pessoa e Campina Grande, medida voltada a ampliar o alcance da mensagem junto à população.

O MPF também participou da campanha da ONU voltada ao combate da violência digital, em parceria com MPT, Ministério Público da Paraíba (MPPB), Ministério Público de Contas (MPC) e Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). As peças da iniciativa destacam práticas como assédio virtual, perseguição e o compartilhamento não consentido de imagens íntimas — condutas que vêm se expandindo com o avanço das tecnologias de produção e manipulação de conteúdo.

Como parte da mobilização, as sedes do MPF em João Pessoa, Campina Grande e Sousa, além do MPT em João Pessoa, da PTM-CG e dos shoppings Manaíra e Mangabeira, receberam iluminação especial na cor laranja, símbolo mundial da campanha.

O MPF também articulou a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Paraíba, que incorporou a divulgação da campanha durante fiscalizações, reforçando seu papel na defesa dos direitos humanos.

cartilha Violência digital e cartilha “Quem vê tela não vê intenção” – Com a violência digital como foco de 2025, a campanha destacou a urgência de orientar a sociedade sobre práticas como assédio virtual, perseguição, divulgação não autorizada de imagens íntimas, deepfakes e desinformação de gênero.

Nesse contexto, outra ação integrada foi o apoio ao lançamento da cartilha “Quem vê tela não vê intenção”, desenvolvida pelo projeto Just Imagine, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O material oferece orientações sobre preservação de provas, solicitação de medidas protetivas e busca por ajuda especializada, além de trazer QR code que direciona à rede de atendimento a vítimas.

A coordenadora do projeto, Alessandra Franca, enfatizou o papel da informação na prevenção da violência. “Acreditamos que o conhecimento empodera. As orientações não são voltadas apenas para mulheres, mas para todos. Acabar com a violência de gênero não pode ser responsabilidade das mulheres, mas é obrigação de todos! As leis não agem por si, elas só servem quando as pessoas dão vida aos direitos e obrigações nelas estabelecidas. Conhecer o direito é apenas um primeiro passo, essencial para todos os outros”, afirmou. E conclamou: “Informe-se, empodere-se, engaje-se, UNA-SE! A união faz a força e pode vencer a violência! A campanha não encerra no último dia, ela começa nos 21 dias e só acaba quando vencermos a violência”!

Encerramento e continuidade do tema – Com o fim da campanha, o MPF destaca que as ações realizadas ao longo dos 21 dias integram um conjunto mais amplo de iniciativas direcionadas à proteção dos direitos das mulheres e meninas. Embora a mobilização internacional se encerre hoje, o órgão afirma que o tema seguirá como pauta permanente, tanto na atuação jurídica quanto nas ações educativas e preventivas conduzidas ao longo do ano.

AcadepolDiálogo Inter-Religioso na Acadepol e Dia Internacional dos Diretos Humanos – Como parte das celebrações pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão participou, na manhã desta quarta-feira (10), do evento “Diálogo Inter-Religioso”, realizado na Academia de Polícia Civil (Acadepol).

O encontro reuniu diversas lideranças religiosas e representantes do Ministério Público para promover a cultura de paz entre religiões, fortalecendo a laicidade e estimulando o respeito às diversidades no ambiente policial. A atividade, voltada a cerca de 370 policiais civis, concentrou-se especialmente no enfrentamento ao racismo religioso.

A formação integrou a programação oficial das ações alusivas à data, que teve início no dia 5 de dezembro, com o Seminário de Direitos Humanos – Por uma Justiça Plural e Antidiscriminatória, que aconteceu no Auditório do Tribunal Pleno do TRT-PB, em João Pessoa. O evento teve a participação do secretário-geral adjunto do Ministério Público da União (MPU), Paulo Santiago, do subprocurador-geral da República Luciano Mariz Maia, da procuradora regional dos Direitos do Cidadão na Paraíba (PRDC/PB), Janaina Andrade, e do procurador da República Lucas Dias. Além disso, reuniu autoridades, pesquisadores e representantes da sociedade civil para discutir temas essenciais da agenda de proteção e promoção de direitos fundamentais no país.

 

 

Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal na Paraíba
Telefone fixo: (83) 3044-6222
WhatsApp: (83) 9.9132-6751 (exclusivo para atendimento a jornalistas – das 10h às 17h)
Telefone para atendimento ao cidadão em geral: (83) 9.9108-0933 (das 7h às 17h)
Youtube: MPFPB

Fonte MPF