Após recomendação do MPF, Google remove vídeos com anúncios de mercúrio da plataforma Youtube — Procuradoria da República no Amazonas

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Meio Ambiente

22 de Agosto de 2025 às 10h50

Após recomendação do MPF, Google remove vídeos com anúncios de mercúrio da plataforma Youtube

Vídeos eram utilizados para venda da substância em garimpos ilegais de ouro na Amazônia

Imagem escura de uma ilha de edição de vídeos mostra diversos computadores com programas de edição abertos nas telas e uma pessoa sentada olhando para tela


Foto ilustrativa: Canva

Após recomendação enviada pelo Ministério Público Federal (MPF), a Google Brasil Internet identificou e removeu 12 vídeos que veiculavam o comércio de mercúrio metálico na plataforma Youtube. Os vídeos registravam amplo acesso e comentários de inúmeros usuários que tinham a intenção de comprar a substância para posterior utilização em garimpos ilegais de ouro, na Amazônia.

A remoção dos vídeos é uma das medidas indicadas na recomendação enviada em abril deste ano. No documento, o MPF destaca que a plataforma tem sido utilizada para divulgação de anúncios de venda ilegal de mercúrio líquido, sem qualquer autorização dos órgãos competentes.

De acordo com a recomendação, o Youtube também deve adotar comportamento atento e proativo, por meio de mecanismos de controle eficazes, para identificar e coibir a disseminação de conteúdos ilícitos que podem violar os direitos fundamentais.

Para o procurador da República André Luiz Porreca, responsável pelo caso, “a remoção dos vídeos representa um resultado importante porque interrompe a perpetuação do comércio ilícito da substância e demonstra o reconhecimento, pela própria plataforma, da ilegalidade do conteúdo removido”.

O inquérito civil segue em andamento para acompanhar a adoção das outras medidas recomendadas.

Projeto Rede sem Mercúrio – O procedimento integra o Projeto Rede sem Mercúrio, desenvolvido pelo 2º Ofício da Amazônia Ocidental, especializado no enfrentamento à mineração ilegal.

A iniciativa já produziu várias recomendações e termos de ajustamento de conduta com as maiores empresas de comércio atuantes no país, tais como Mercado Livre, OLX, Facebook/Instagram e B2Brazil.

Fonte MPF