Após denúncia do MPF, Justiça condena organização criminosa que contrabandeava cigarros para interior de SP — Procuradoria da República em São Paulo

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Criminal

12 de Setembro de 2024 às 11h43

Após denúncia do MPF, Justiça condena organização criminosa que contrabandeava cigarros para interior de SP

Produtos vindos do Paraguai eram vendidos em Bauru, Lins e outras cidades; grupo foi investigado na Operação Mortalha

Imagem mostra cigarros já utilizados e cortados ao meio


Imagem ilustrativa: Freepik

Alvos de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), 13 pessoas foram condenadas por envolvimento em uma rede de contrabando e distribuição de cigarros no interior paulista, que funcionou ao menos entre 2015 e 2016. Os delitos foram investigados na Operação Mortalha, que levou à apreensão de mais de 700 mil maços de cigarro ao longo de 2016 e à prisão de diversos integrantes da organização criminosa. Os produtos eram trazidos do Paraguai e passavam por cidades paranaenses até serem vendidos em Bauru, Lins e outros municípios da região.

As penas aplicadas aos réus chegam a 7 anos e 5 meses de prisão. A Justiça Federal levou em consideração circunstâncias agravantes na definição das sanções mais elevadas, como a reincidência na prática dos delitos, o papel de liderança que parte dos réus exercia e a transnacionalidade do crime. Ao recorrer da sentença, o MPF já obteve a correção da pena de um dos envolvidos e busca reverter a absolvição de uma mulher que também teve participação no esquema.

A Operação Mortalha demonstrou que os criminosos articulavam-se em diferentes células para a divisão das tarefas. A cadeia de ações englobava o fornecimento dos cigarros – em cargas vindas do Paraguai que entravam no Brasil por Foz do Iguaçu (PR) -, a intermediação, o transporte e a venda dos produtos ilegais no interior de São Paulo. O grupo também providenciava advogados para a defesa de membros presos em flagrante. Além de efetuar as detenções e apreender os milhares de maços, as autoridades puderam capturar veículos e equipamentos usados para a prática dos crimes.

O autor da denúncia do MPF que levou à condenação dos réus é o procurador da República Fábio Bianconcini de Freitas. O número da ação penal é 0000349-31.2016.4.03.6108. A tramitação pode ser consultada em https://pje1g.trf3.jus.br/pje/ConsultaPublica/listView.seam.

Ministério Público Federal (MPF)
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Fonte MPF