Indígenas e Meio Ambiente
2 de Julho de 2025 às 15h58
Ação conjunta coordenada pelo MPF/MS apreende mais de 200 kg de agrotóxicos contrabandeados em terras indígenas de Caarapó (MS)
Os agrotóxicos contrabandeados do Paraguai eram ocultados em área de mata nas terras indígenas da comunidade Gyuraroká
Foto: Divulgação
Uma operação conjunta da Força Nacional, por meio das Polícias Judiciária e Técnico-Científica, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), coordenada pelo Ministério Público Federal em Dourados (MS) apreendeu mais de 200 quilos de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai, ocultados em área de mata nas terras indígenas da comunidade Gyuraroká, no município de Caarapó (MS).
A ação aconteceu na terça-feira (1/7) após o MPF/MS receber informações de inteligência que apontavam o descarte irregular de agrotóxicos em território protegido. Diligências realizadas pela Força Nacional e fiscais do Ibama confirmaram a existência de depósitos clandestinos dentro de área pertencente ao território indígena.
O serviço de inteligência da Força Nacional identificou que os criminosos utilizavam a mata fechada como esconderijo para dificultar a responsabilização legal. Um dos pontos de armazenamento só pôde ser acessado com o auxílio de um trator, dada a densidade da vegetação e o volume do material escondido ou camuflado.
Todo o material apreendido foi identificado, quantificado e qualificado, sendo encaminhado à Receita Federal, com comunicação formal à Polícia Federal, que assumirá as investigações criminais sobre os crimes de contrabando, crime ambiental e possíveis conexões com o tráfico de insumos agrícolas ilegais.
De acordo com a Força Nacional, o objetivo da operação é garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas e a segurança das áreas de preservação da União. As forças federais permanecem na região, com a missão de impedir a continuidade das atividades ilícitas. “Prontos para tudo”, esse o lema da Força Nacional, reforçando o compromisso com a aplicação da lei e a defesa dos territórios indígenas.
Fonte MPF