11/6/2025 – O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, foi uma das cinco personalidades homenageadas na cerimônia solene que celebrou os 20 anos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O evento foi realizado nesta terça-feira (10) e conduzido pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. O vice-presidente do TST, ministro Mauricio Godinho Delgado, representou o presidente, que participa da 113ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, na Suíça, e, em mensagem de vídeo, agradeceu a homenagem.
Ao abrir a solenidade, Barroso destacou o papel transformador do CNJ no sistema de Justiça brasileiro desde sua criação, em 2004, pela Emenda Constitucional 45. “O CNJ enfrentou alguma resistência no início, mas se consolidou por exercer três funções decisivas: ser um grande repositório de dados (trabalhamos com números e sabemos onde estão os gargalos), formular políticas públicas para o Judiciário, com metas e objetivos claros, e promover a atuação correicional, feita com seriedade e parcimônia, pois sabemos que os juízes muitas vezes são alvo de incompreensão. Ser juiz é ter convicção diante de muitos interesses e pressões”, afirmou.
A homenagem reconhece a contribuição e o compromisso dos homenageados com a missão institucional do CNJ “ao longo de seus 20 anos dedicados à ampliação do acesso à Justiça, à promoção da diversidade e à modernização do Poder Judiciário brasileiro. Além do presidente do TST, também foram homenageados os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim (aposentado) e Flávio Dino, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, e a cantora Daniela Mercury, reconhecida por seu engajamento em causas sociais.
Avanços e iniciativas do CNJ
Barroso também relembrou iniciativas emblemáticas do CNJ ao longo de sua história, como o combate ao nepotismo no Judiciário, a criação do Exame Nacional da Magistratura, a promoção de políticas afirmativas de gênero e raça, o enfrentamento à violência doméstica, o estímulo à sustentabilidade, a digitalização da Justiça e o uso de linguagem simples para melhorar a comunicação com a sociedade.
Ele também destacou o programa Diálogos da Magistratura, em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que já percorreu as cinco regiões do país promovendo o diálogo institucional e o aperfeiçoamento da atuação judicial.
A cerimônia contou ainda com o lançamento de uma série de iniciativas comemorativas, como o selo postal “CNJ: uma Justiça inovadora e mais humana”, um painel artístico assinado por Toninho Euzébio e um livro institucional que resgata as duas décadas de atuação do Conselho.
(Flávia Félix/CF)
Fonte TST