Segundo a ministra Maria Helena Mallmann, presidente da 2ª Turma, “tem que avançar muito ainda”
12/3/2025 – As ministras da Segunda Turma do TST destacaram, na sessão desta quarta-feira (12), em manifestação sobre o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a necessidade de continuar lutando por igualdade e direitos das mulheres. Para a ministra Maria Helena Mallmann, presidente do colegiado exclusivamente feminino, a data remete a reflexões importantes, como a preocupação com o aumento de feminicídios e com as diferenças salariais entre homens e mulheres.
Por outro lado, Mallmann ressaltou a importância de ter pela primeira vez uma mulher presidindo um tribunal militar: a ministra Maria Elizabeth Rocha, que assumiu a presidência do Superior Tribunal Militar (STM) na quarta. “É uma inspiração para aquelas que acham que não conseguem”, assinalou a ministra Liana Chaib.
“Tem que avançar muito ainda”
Maria Helena Mallmann abriu a sessão externando sua preocupação com a violência contra a mulher e o aumento do feminicídio. “Impressiona essa matança de mulheres no mundo, não só no Brasil”, frisou. “No mundo do trabalho, a situação também continua bastante cruel, na medida em que os salários das mulheres são inferiores aos dos homens”. Lembrou ainda que não faz nem 100 anos que as mulheres têm direito de votar e considerou que, apesar de avanços consideráveis, “tem que avançar muito ainda”.
Sobre igualdade e inspirar outras mulheres
A ministra Delaíde Miranda Arantes foi concisa. “Continuamos aí na luta por igualdade, igualdade de condições, de tratamento, igualdade em todos os sentidos”, afirmou. Liana Chaib, a mais recente ministra do TST, citou a escritora Lygia Fagundes Telles, estudante da Faculdade de Direito da USP em 1941, onde havia 200 homens e no máximo seis mulheres: “quem está no pelotão da frente são aquelas que primeiro pegam no peito as rajadas”.
(Lourdes Tavares/CF)
Fonte TST