MPF, DPU e Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso do Sul cobram finalização do processo de demarcação de terra Indígena em Naviraí (MS)
Nota pública assinada pelas instituições alerta que demora para demarcar área gera insegurança jurídica e aumenta conflitos na região
Arte: Comunicação/MPF
Em nota pública conjunta divulgada nesta terça-feira (28), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul manifestaram preocupação com o aumento da violência na disputa de terras entre indígenas e o
proprietário da área denominada “Fazenda Balneário do Tejuí”. A região, localizada no município de Naviraí (MS), é reivindicada pelos povos Guarani e Kaoiwá como Terra Indígena Kurupi/Santiago Kuê.
As instituições receberam relatos de que, desde junho de 2022, as agressões entre os envolvidos se intensificam e se tornaram ainda mais frequentes nos últimos dias.
Diante desse contexto, o MPF e as Defensorias Públicas informam que, além de acompanhar as apurações dos relatos de violência e as demandas judiciais referentes à posse do imóvel, cobram junto à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) a finalização do processo de demarcação da área. De acordo com as três instituições, o processo se estende, “sem justificativa plausível”, há décadas, o que gera insegurança jurídica às partes envolvidas e aumenta a frequência e intensidade dos conflitos que ocorrem no local.
A área disputada é alvo do Compromisso de Ajustamento de Conduta firmado entre MPF e a Funai no ano de 2007 e faz parte da Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá II. Embora o relatório de identificação da área tenha sido entregue pelo MPF em outubro de 2011, a Funai considerou que seria necessária uma complementação, com nova ida de equipe a campo, o que não ocorreu até o momento.
Confira a íntegra da nota pública
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